sexta-feira, outubro 27, 2006

Mostra - Dia 7 - Quinta-feira

Dia ameno. Duas sessões de cinema, dois filmes americanos, encontro com o
Mitch no meio do caminho para refazermos toda nossa programação, que mudou
completamente até o fim da mostra. Agora eu juro, eu juro, que não mudo
mais.

MEUS 15 ANOS de Richard Glatzer e Wash Westmoreland (EUA)
Filme bonitinho sobre uma guria mexicana que vive em Los Angeles e está às
vésperas de completar quinze anos. Todos os sonhos com o vestido, a limusine
e a festa são deixados de lado quando uma gravidez é descoberta e a família
a renega. Vivendo com o tio-bisavô e o primo gay, Magdalena passa a viver
sua outra realidade. Filme de baixíssimo orçamento, onde amigos ajudaram com
figurinos, cederam suas casas como locações e participaram do elenco - e por
isso mesmo, o resultado final é muito bom.

SHORTBUS de John Cameron Mitchell (EUA)
Pois é, melhor nem fazer comentários. Filme para alguns poucos libertinos.
Algumas pessoas podem ficar chocadas. Eu adorei, por mais que haja excessos
neste filme. Mas como Wilde disse, "o caminho do excesso leva à sabedoria".

quarta-feira, outubro 25, 2006

O fim de uma era


Há quase três anos atrás, me lembro bem era janeiro, meados do mês, conheci essa guria que, vou admitir, não gostei logo de cara. Ela e as outras duas que estavam na mesa pareciam tão patricinhas que nem me daria ao trabalho de iniciar qualquer conversa. Era eu quem estava de fora, em uma festa onde não conhecia ninguém e de onde queria rapidamente pular fora. E o que posso dizer é que esta festa resultou em três anos imprevisíveis e cheios de situações memoráveis e também em grandes e doces e belas amizades. E agora, vendo você ir embora assim, vejo que chegamos ao fim de uma era. E agora, assistindo todos da nossa turma passando por tantas transformações e mudanças, vejo realmente que novos tempos estão chegando.

Ainda lembro como se fosse hoje do primeiro aniversário da S2 que vocês foram, dos 450 anos de São Paulo e das intermináveis programações, a procura de emprego aqui na megalópole já que você queria tanto voltar para cá, deixando Sorocaba só para ocasionais finais de semana. Lembro da gente procurando apartamento e viajando na maionese achando que éramos filhos de barões do café ou alguma coisa do tipo para querer morar em uma cobertura no Conjunto Nacional. Lembro também dos namoros, das festas lá em casa, ainda no apartamento da Pompéia quando você atacou meu licor de pequi. Lembro da canoa havaiana, picada de abelha, temporada Monobloco no Blen Blen, da fase surfista, da fase boxeadora, da fase piauiense. Ah, lembro dos surtos de virar na sexta-feira e achar de ir passar o fim-de-semana em Florianópolis – ah, são 7 horas de viagem, rapidinho – e o melhor era chegar lá, no sábado de manhã e ir direto dar um mergulho na praia mole.

Lembro do carnaval, das baladas intermináveis, de jumps e jumps e jumps dados em tanta gente. E quanta gente veio e se foi, quanta gente passou. Just like Rolling Stones. E como poderia esquecer de São Tomé? Morro das Pedras? Aposto que pouca gente já fez competição da língua mais vermelha depois de comer Pitaya no Mercadão. Amizade boa é assim, improvisada – simplesmente acontece e daí saem os melhores momentos e você não precisa seguir nenhum roteiro. De repente um surta daqui, outro surta de lá, sumia, aparece, não quer falar com ninguém – e todos os momentos foram respeitados e no final, nada mudou entre a gente.

E agora Austrália. “Moço, por favor, me vê a passagem pro lugar mais longe que tiver”. E lá vão acontecer coisas maravilhosas, você vai encontrar pessoas surpreendentes e com certeza vai carregar mais um monte de estórias inenarráveis que, como as nossas, só quem viveu pode contar. E o que mais posso desejar para você a não ser que você arrase naquele lugar – que viva tudo o que gente viveu por aqui e muito mais, e que se faça o propósito de ser feliz todos os dias e encontre o que você está procurando. E se precisar já sabe... posso demorar um pouco mais para chegar, mas vou lá te buscar (tem o lance da grana, passagem cara, não é ali em Floripa, mas a gente tenta mesmo assim). E como eu disse, estamos entrando em uma nova era. Queria dar um pulinho ali no futuro para ver como serão os próximos capítulos, mas vamos deixar eles lá. Algo me leva a crer que eles serão muito bons.

Boa viagem guria! Você vai fazer falta, mas ok, vou ser bonzinho com os australianos e ceder você um pouquinho para eles! Que comece o próximo round!

Mostra - Dia 5 - Terça-feira

Correria nesta segunda para poder chegar no Frei Caneca às 17h20 a tempo do primeiro filme e ainda tentar encontrar o pessoal da produção do "Sonho de Peixe" para bater um papo. Mas deu tempo, conversei com a Fernanda, a produtora que contatou o Arturo há uns dois anos procurando produtores locais para a empreitada. Não me lembro direito qual a razão mesmo de não ter dado certo, acho que o Arturo já estava indo pra Barcelona e tudo o mais, mas enfim, se arrependimento matasse pois... o filme é ótimo. O Mitch já estava lá para a sessão de "O céu de Suely", a Stela não pode ir na primeira sessão e então acabei fazendo uma boa ação com o ingresso dela doando para um cara que conheci na fila. Deu tempo para bater um papo com o Lucas lá fora, trocar os ingressos e tudo o mais. Três filmes, dois nacionais e um australiano. Karim Aïnouz deu uma palavrinha antes do seu filme. O Kirill também. Uma pausa para um choppito e o almoço do dia às 9h da noite para poder seguir para o último filme da noite.

O céu de Suely de Karim Aïnouz (Brasil)
Estava comentando com o Mitch ontem que os filmes desta mostra são similares quando nos apresentam personagens sem rumo, perdidos em si mesmos, e ainda que lutem bastante, estarão sempre sujeitos às suas circunstâncias e fatalidades. Talvez isso seja um reflexo da nossa própria contemporaneidade - todos tão imersos em seus próprios fantasmas ou nas circunstâncias que não conseguem mais traçar sua própria trajetória. Enfim, assim o é em "O céu de Suely", a personagem se perde em suas próprias vontades, abandona São Paulo, volta ao sertão só para quando lá chegar perceber que ali não era o lugar que desejava estar, apesar da saudade e a falta de rumo a levarem de volta em busca de um refúgio, abrigo. A luta contra algo invisível, a ordenação de sentimentos complexos e involuntários. Dois momentos sublimes: a cena do jantar (que é de dar nó na garganta) e o final, quando ela parte - sua camiseta nos lembra uma roupinha de criança, um retorno à esperança; e a cidade ficando para trás, inerte. Karim nos deixa claro que a vida é um jogo, e faz isso muito bem.

Sonho de Peixe de Kirill Mikhanovsky (Brasil)
Não esperava grandes coisas deste filme. Onde já se viu, um russo falando sobre um país que ele mal deve conhecer. Pois é, paguei minha língua. O cara fala sobre o país "que ele não conhece" muito bem - está lá o Brasil verdadeiro, com pessoas reais, do jeito que elas realmente falam. Se você já esteve no nordeste, já visitou o sertão, pode concordar comigo. "Sonho de peixe" é a estória de Jusce, um pescador que mora em um vilarejo em algum lugar do Rio Grande do Norte. Ele é apaixonado por Ana, que vive em função de uma novela mexicana. A sinopse parece um verdadeiro dejà vu, mas Kirill consegue abraçar a alma das pessoas que vivem naquele lugar, a estória é mera coadjuvante - temos um Jusce que encarna com tamanha veracidade seus desejos, anseios, fragilidades e medos sem que precise colocar nenhum destes sentimentos em um mero diálogo. Ótimo filme.

Candy de Neil Armfield (Austrália)
Christiane F. foge para a Austrália, assume o nome de Candy, conhece o cara de Brokeback Mountain, que depois de perder seu amor, se afundou nas drogas, e assim os dois vivem o pior dramalhão do gênero com todos os clichês que se tem direito. Digno de uma sessão especial de Supercine. Variação de um mesmo tema sem tom algum.

terça-feira, outubro 24, 2006

Rapidinhas #3


FESTA DE DESPEDIDA DA KÁTIA NA CASA DA MELISSA SEXTA-PASSADA
Só um highlight da festa de sexta-passada na casa da Mel. Destruidora. Completamente destruidora. Festa estranha com gente esquisita, mas foi legal, bem legal. Visita de viaturas, negociações com a polícia, escândalos de vizinhos às 5 da manhã, gelapinga, tequila ice vinda diretamente do México (believe it!), minha máscara tosca (conforme vocês podem ver assinalada na foto), enfim, no comments! Mais sobre a despedida da Kátia depois.

Rapidinhas #2

ADMIRAÇÃO MÚTUA E AINDA BISHOP ALLEN
Além do filme ser muito bom, como comentei abaixo, "Admiração Mútua" ainda tem uma trilha bacana feita basicamente de bandas indies americanas. Uma delas é a tal de Bishop Allen, que é muito boa, um som gostoso de ouvir - e o vocalista da banda é um dos atores principais do filme. Dêem uma conferida no site deles, tem várias músicas para download, e principalmente em Click click click camera, pela qual já estou viciado - ótima música para ouvir com os fones de ouvido, andando de ônibus, vendo pessoas na rua - andando, esperando, rindo, gritando - e no final você dá aquele leve sorriso de canto de boca pra vida... tudo parece um clipe.

take another picture with your
click click click click camera
take another picture with your
click click click click camera

Rapidinhas #1

O MELHOR DE LOST
Acabei de assistir a primeira temporada e ainda não captei qual a razão de tamanha histeria coletiva em torno desse seriado. Ok, ok, eles abrem a tal da portinhola mas passar uma temporada inteira só pra chegar nisso? Que bosta! Mas enfim, a série tem seus pontos altos (e não é a Kate!) - o melhor momento foi a musiquinha que o Hurley escuta no final do terceiro episódio, que fui pesquisar depois. É de um tal de Joe Purdy, um artista bem bacana com musiquinhas bem bacanas para se ouvir achando que você está no Hawaii, principalmente a música que toca neste episódio, chamada "Wash away". Há várias outras disponíveis para download no site do cantor. Vale a pena conferir. O seriado, nem tanto.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Mostra - Dia 3 - Domingo

Acordar, ir tomar café-da-manhã na Bella Paulista com a doce companhia de Stelitcha, Renatinha e Laurinha. Ainda que a Rê tenha ficado jogando água fria na nossa fissura pela Mostra de Cinema e nos filmes que iríamos ver, que, conforme ela mesma disse, "são aqueles filmes iranianos com cenas que duram meia hora sobre a mosca pousando na folha". Não vou comentar.
Mas então, o café-da-manhã foi bom, rápido mas bom. Depois, Stela e eu corremos para o Cine Bombril para nossa sessão, a primeira de cinco.

Admiração Mútua de Andrew Bujalski (EUA)
O melhor filme até agora. Fiquei apaixonado por este filme. É o que aconteceria se a Nouvelle Vague acontecesse agora e nos Estados Unidos. Drama cotidiano com personagens tão reais que o roteiro parecia uma transcrição dos encontros dos amigos lá em casa. Com certeza este filme não vai sair nem em dvd aqui no Brasil, portanto, se puder, vá assistir. É sobre a estória de Alan, um músico que se muda para Nova York na tentativa de fazer sua banda dar certo. Lá passa os dias com o melhor amigo Lawrence e sua namorada Ellie, em discussões bêbada-filosóficas intermináveis, que resultam em sentimentos mal resolvidos e situações mal trabalhadas. O mais gostoso de tudo é a surpresa que um achado destes, no meio de tantos filmes, te proporciona.

A Promessa de Chen Kaige (China)
Só pode ser uma sátira de "Herói" ou de "O clã das adagas voadoras", não existe outra explicação. Risque da programação.

Climates de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
Isa, um professor universitário, é um marido (ou namorado, isso não fica claro no filme) egoísta e ausente para sua esposa/namorada Bahar, que trabalha em uma emissora de TV como diretora de arte de um seriado qualquer. Isa não se comunica, não consegue e não quer, e Bahar não consegue nada além de agir como uma criança indecisa sobre seu próprio relacionamento. Teve gente que gostou, teve gente que não gostou. O filme é lento. A Stela dormiu e acordou e a cena do ator fumando o cigarro não tinha terminado (brincadeira), e, sim, tem cenas de uma abelha pousando sobre a folha que quase duram meia hora. O filme não tem nada de original, mas eu gostei. Gostei dos planos - todos eles muito pensados com o cuidado de um diretor meticuloso. O roteiro não tem nenhum plot, o filme segue chapado do início ao fim, seus personagens não tem "salvação" nem passam por nenhum processo de "transformação". O homem continua egoísta e rude, a mulher continua infantil e abandonada. Mas aí lembro da sinopse da mostra - "O homem foi criado para ser feliz por uma simples razão e para ser infeliz por outras razões ainda mais simples, da mesma forma que nasce por uma simples razão e morre por outras mais simples ainda" - e com o filme fica claro que a única razão para não ser feliz é realmente não querer, não mudar, nem empenhar nada por isso.

A Última Noite de Robert Altman (EUA)
O grande diretor de "Short Cuts" e de outros grandes filmes faz feio em seu último trabalho. "A Última Noite" é dispensável, completamente descartável. Um elenco estelar desperdiçado com um roteiro pobre e sem sentido, que no final dá a sensação de "ok, não me interessa muito a vida destas pessoas pois elas não tem nada para mostrar". Só vá assistir se você quiser muito saber os jingles de todos os produtos mais esdrúxulos dos Estados Unidos, pois o filme reserva quase uma hora para 200 deles e meia-hora para o desenvolvimento da estória de 10 personagens diferentes. Enfim, só entrei nesta sessão porque "El Labirinto del Fauno" estava lotado mas chega de ver "grandes diretores" na mostra. Vamos em busca dos "achados".

Os Estados Unidos contra John Lennon de David Leaf e John Scheinfeld (EUA)
Ok, o tom pode ser meio de documentário da Discovery Channel, como disse um companheiro de mostra antes de começar a sessão de "Infância Roubada", no sábado. Ok, sou suspeito para falar já que adoro o assunto. Ok, existem vários documentários sobre Lennon. Mas, de qualquer forma, vale a pena ir conferir este aqui, sobre o envolvimento do cantor e de sua mulher nos movimentos pacifistas na década de 70 contra a guerra do Vietnã e tudo o que isso gerou contra os dois - embates políticos com o presidente Nixon, investigações do FBI, a iminente deportação dos EUA e o assassinato do cantor em dezembro de 1980. Os diretores não segue a linha de Michael Moore, não tentam provar nenhuma teoria da conspiração, apenas expõem alguns fatos, e isso pode ser frustrante para alguns já que o assunto fica meio na superfície. Mas mesmo assim, vale a pena.

Mostra - Dia 2 - Sábado

Depois da festa de sexta achei que não haveria condições nenhuma de continuar a empreitada, mas até que deu com direito a Cirque du Soleil na sequência. Mais sobre a festa depois. O sábado foi meio conturbado, Stela e eu iríamos ver três filmes, todos no Frei Caneca. Encontrei o Fernando, que está trabalhando na monitoria da Mostra, fazia muito tempo que eu não o via. A primeira sessão, do "Infância Roubada" começou muito atrasada porque o rolo não chegava, depois quando achamos que ia começar, começa com o filme errado, todo mundo reclamando, os cinéfilos de carteirinha fazendo protesto, cena mais do que engraçada. Ô povo estressado! E ainda a película quebra no meio do filme, eita sorte!

Infância Roubada de Gavin Hood (África do Sul)
O filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano e, assumo, foi o porquê de eu querer assistí-lo. Mas o filme é bom, muito bom. A produção é simples, não tem os melhores planos, etc e tal, mas a estória é densa e a atuação é boa. Gostei bastante. Dá até pra chorar. Estou com preguiça de escrever a sinopse, mas é só acessar o link aí em cima.

En Soap de Pernille Fischer Christensen (Dinamarca)
Uma tragicomédia sobre Charlotte, uma cabelereira impetuosa que se muda para um novo apartamento para fugir de seu ex-marido e lá conhece (e se apaixona por) Veronica, um transsexual que passa os dias de profunda monotonia assistindo a novelas (soap operas) americanas ao lado do cachorro - daí o título do filme. Como disse o Mitchel em seu blog hoje, o filme é produto do Dogma dinamarquês, com uma atmosfera seca e que se vale das intenções não reveladas de gestos e olhares dos personagens, lidando com suas fraquezas, desejos e necessidades. Entretando, são personagens reais - você pode jurar que já viu Veronica na Praça Roosevelt. O filme é dividido em capítulos, e os interlúdios são quase como um dejà vu de Amelie Polan, o que confere alguma graça ao filme e quebra seu ritmo lento. Bom filme, gostei.

Parque de Kurt Voelker (EUA)
Comédia pastelão americana que eu encaixei na programação só porque já estava lá no Frei Caneca e era o único que dava para assistir antes de ir pro Cirque. O filme é bobo, dá para você dar umas gargalhadas, mas é só isso. É o primeiro longa do diretor. Será que ele tem futuro? Talvez ele consiga fazer um "Todo mundo em pânico - Parte 5" diferente.

Mostra - Dia 1 - Sexta-feira

A Mostra Audiovisual de São Paulo começou na sexta-feira passada, ainda no meio da correria dos cinéfilos tentando montar suas programações, etc e tal. Marquei com o Michel e lá fomos nós para o início de nossa saga luminosa dos incontáveis frames que teremos pela frente nestes 15 dias.

Flandres de Bruno Dumont (França)
Flandres é uma região histórica da Europa que incluía uma área, variável, que hoje é ocupada pelas províncias belgas da Flandres Oriental e Flandres Ocidental, o Departamentos franceses do Norte e Pas-de-Calais e parte da província neerlandesa da Zelândia. Não existe, porém, uma área geográfica precisa que se tenha mantido inalterável ao longo dos séculos com o nome de Flandres. Nesta mesma região, passa-se a estória de André, um fazendeiro cuja vida passa lentamente sem significado algum, a não ser pela presença de Barbe, sua amiga de infância. Vidas sem rumo, marasmo em uma região próxima ao nada, onde só o que existe é a lama deixada pela neve que não pára de cair. A alternativa para André é se alistar no exército e partir para a guerra, que no filme não tem tempo nem espaço, pode ser qualquer uma pois será sempre a guerra pessoal do personagem. E tudo o que lá acontece é mais ainda sem significado, violência brutal para um coração já rude. Ele retorna, Barbe o espera. Um amor, impossibilidade de comunicação, personagens incapazes de se expressar buscando a remissão e a redenção. Um bom filme, um pouco lento, mas um bom filme, principalmente pela construção das personagens.

12:08 A Leste de Bucareste de Corneliu Porumboiu (Romênia)
O filme é tosco mas é meu amigo. Tem de tudo - boom entrando no quadro, câmera torta, tremedeira. Enfim, mas não é que o filme é bacaninha e te faz dar um monte de risada graças a atuação impagável dos atores. O roteiro trata da revolução que, supostamente, destronou o ditador Nicolau Ceaucescu em 1989. Dezesseis anos depois, um jornalista que possui um dos piores programas de televisão que eu já vi, resolve celebrar o aniversário da revolução fazendo um levantamento dos fatos com o intuito de esclarecer se realmente houve revolução ou se o tal ditador simplesmente abdicou. O que se passa depois é uma sequência satírica sobre o tal episódio.

Operação "Os incomodados que mudem o mundo"








Estava devendo este post sobre o Dia das Crianças, quando a Melissa lançou a campanha "Os incomodados que mudem o mundo" e começamos a montar a operação que se resumiria a visitar alguns orfanatos e distribuir brinquedos. Tudo começou muito antes, claro. Conseguimos doações de alguns brinquedos com pequenos defeitos da Mattel e da Estrela e também arrecadamos cerca de R$ 400 para comprarmos o restante na 25. E lá fomos nós, na quarta-feira que antecedia ao feriado, para a "war zone" com a missão de encontrarmos brinquedos para todas as crianças. E achamos. Para todas as 200 crianças - é impressionante, mas tinham umas bonecas-cópias da Barbie a R$ 2. E quinta-feira, por volta das 11h, nos dirigimos ao Castelinho - uma creche que fica ao lado do castelinho da São João, embaixo do elevado. Cerca de 80 crianças nos aguardavam para começar a festinha, e foi uma festa mesmo. Bolinhas de sabão, nariz de palhaço, pintura no rosto - "tio, eu quero um golfinho!", distribuição dos brinquedos e preparação do lanche, para depois conversarmos com a Maria, coordenadora da creche e do núcleo de mães, sobre a situação da instituição e das crianças que dela participam, e a constatação foi demais de triste - algo que não precisa muito para percebermos, só mesmo a vontade. Saímos de lá ainda meio atordoados com a situação miserável daquelas pessoas e fomos para outro orfanato no Morumbi - uma instituição bem organizada e com uma infra-estrutura bacana. As crianças eram todas órfãs, ora abandonadas pelos pais ora retiradas dos mesmos por abuso ou maus-tratos. Tinha até o caso de um bebê que foi achado na rua, dentro de uma sacola, há apenas duas semanas antes da nossa visita. Brincamos bastante, corre-corre, ajuda a montar os brinquedos, colo daqui, colo de lá, a vontade grande de adotar um guri que era minha cara. Pois bem, depois, ainda sobrou tempo para visitar outro orfanato perto do Taboão da Serra, com cerca de 30 crianças. Estes não tinham recebido nenhuma visita e não iam ter dia das crianças - e por pouco não íamos visitá-los, não fosse a insistência da Melissa. E foi bom, no final, todos felizes.
E como disse a Melissa, isso não vai mudar a situação deles, mas pelo menos vai fazê-los pensar em outra coisa e sorrir, nem que seja por um dia. E ainda descobri que posso ser marioneteiro!
Agradecimentos mil a equipe: Mel, Adriana, Matheus, Fafá, Stelinha e Murilo; e a todas as pessoas que ajudaram com grana e esforço: Li, Renata, Gil, Made, Rodrigo, Renatinha, e os outros que talvez tenha esquecido de mencionar.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Mostra de Cinema

Finalmente começou a Mostra! Depois de muito quebrar a cabeça montando minha programação, finalmente ela está completa. Dessa vez acho que vou conseguir ver quase todos os filmes que queria muito ver e que com certeza não terei paciência de esperar pela estréia, isto para aqueles que realmente irão estreiar pois nem todos virão. A programação está aqui para quem quiser me acompanhar. Garanto que o programa é imperdível, fora toda a aura cinéfila que permeia o evento. Tentarei colocar as resenhas aqui, mas como vocês podem ver pela programação, os dias serão insanos.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Turistas - O Filme


Mais uma promessa na lista de filmes candidatos à merda do ano. Esse daí, "Turistas", deve estreiar em dezembro nos EUA e fala sobre um grupo de amigos mochileiros que vem de férias ao Brasil e, depois de praia, sexo, cachaça e muita diversão, cai no golpe do "boa noite Cinderela", é levado para uma casa no meio da floresta e lá são torturados até a morte. Deve ser algo no estilo "O Albergue", ou uma cópia mal feita, ou sei lá o quê. Vai saber o que se passa na cabeça das pessoas. Você pode checar o trailer completo (com as cenas "brasileiras") aqui.

Vagabundos Iluminados

Eu também tinha comprado leite e jantamos só bife e leite, um belo banquete
de proteínas, agachados lá na areia enquanto os carros passavam zunindo na
rodovia ao lado da nossa fogueirinha. "Onde foi que você aprendeu todas
essas coisas esquisitas?", ele riu. "E você sabe que eu digo esquisito, mas
há alguma coisa extremamente sensata nisso tudo. Aqui estou eu me matando
para dirigir esta carreta para cima e para baixo, de Ohio a Los Angeles, e
ganho mais dinheiro do que você já teve em toda a sua vida de andarilho, só
que quem está aproveitando a vida é você, e além do mais, também aproveita
sem trabalhar nem ter muito dinheiro. Então, quem é o esperto, eu ou você?"
E ele tinha uma casa bacana em Ohio com mulher, filha, árvore de Natal, dois
carros, garagem, gramado, cortador de grama, mas não conseguia aproveitar
nada porque não era verdadeiramente livre. Era uma triste verdade.
Entretanto, aquilo não significava que eu fosse um homem melhor que ele, ele
era um sujeito ótimo e eu gostei dele e ele gostou de mim e disse: "Bom, vou
te dizer, o que você acha de eu te levar até Ohio?".

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Extraído do livro
"Vagabundos Iluminados", de Jack Kerouac - cap.18

Busy days

Muita coisa está acontecendo mas ando tremendamente sem tempo de postar
nada. Mostra de cinema, os cursos que estou fazendo, mudanças que estão
chegando, a ação do Dia das Crianças, enfim. Vou tentar atualizar logo mais.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Seeya Monday

Semana um pouco tumultuada esta. Bastante trabalho, teatro, leituras e
correrias com as coisas para o Children's Day amanhã. Bastante gente doou
grana e conseguimos comprar muitos brinquedos - depois de enfrentar a "war
zone" que é a rua 25 de março. Conseguimos doações de dois fabricantes de
brinquedos e acho que temos brinquedo suficiente para visitar duas creches,
totalizando umas 200 crianças. Agora é separar o nariz de palhaço e ir pra
farra com os pequenos! Espero que dê tudo certo! Fim das transmissões! Vejo
vocês na segunda.

terça-feira, outubro 10, 2006

Bom dia Brasil!


Se tentar isso em casa, não esqueça de escovar os dentes!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Brinque com a gente

Dia 12 é dia das Crianças e como já fizemos outras vezes, estamos
organizando uma visita a alguns orfanatos para brincar com as crianças e
levar alguns brinquedos. Já conseguimos a ajuda de uma fábrica de
brinquedos, que doou umas peças bem bacanas. Estamos arrecadando grana para
comprar mais brinquedos na 25 de março nesta quarta-feira, pois na
quinta-feira, logo cedo, a caravana segue rumo aos faróis e viadutos da zona
leste, além dos orfanatos. Se você quer ajudar ou participar ou topar se
vestir de palhaço e ver que seus problemas são tão pequenos perto dos
problemas dessas crianças, venha com a gente! Garanto que vai valer mais a
pena para você do que para eles!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Sometimes

Algumas vezes você precisa tomar algumas decisões que te deixam péssimo.
Hoje está sendo um dia desses. Basta esperar que estas decisões conspirem
para o bem de todos, para quem tomou a decisão e para as pessoas diretamente
envolvidas nas consequências. Às vezes, o medo de mudar só impede que coisas
melhores venham. Quase sempre é assim, não é mesmo?

Gob Squad



SUPER NIGHT SHOT
Ainda estou tentando classificar o que eu vi ontem, se era cinema, performance, teatro. Vou por na lista de teatro, um novo tipo de teatro. Cheguei no teatro do SESC Anchieta ontem e havia uma aglomeração de pessoas e um louco gritando, "Gente, quando eles chegarem quero todo mundo gritando e jogando confetti e serpetina! Eles merecem uma recepção calorosa de vocês". Ok, ok, não entendi nada, ainda mais vendo aquela placa onde estava escrito FIM, na entrada do teatro. Como assim, chegamos no final? De repente chegam os 4 atores, semi-nus, suando, carregando câmeras e filmando a agitação da platéia. Passado o alvoroço inicial, todos entram, se acomodam ante 4 telões pendurados no palco e, depois de alguns minutos, começa uma projeção. O esquadrão, Gob Squad, formado por 4 personagens-atores-pessoas, tinha a missão de acabar com o anonimato das ruas fazendo um filme sem edição nem cortes, com a duração de uma fita, que trouxesse o real para dentro da ficção. Cada um dos integrantes do esquadrão deveria sair às ruas e voltar com o filme pronto, encarnando um papel diferente. Um deles seria o herói, que faria qualquer coisa para ajudar as pessoas nas ruas. Outro deles, seria responsável por achar a mocinha que beijaria o herói no final. Outro deles, o responsável por ser o relações públicas do herói, cuidando da divulgação, e o outro, o responsável por achar a locação perfeita para o beijo no final do filme. E lá vai o bando de malucos pelas ruas, fazendo uma série de prezepadas, e o último momento do filme é o começo da peça, que contei acima, quando eles chegam no teatro. A projeção do que os quatro captaram é simultânea, então, você assiste aos quatro vídeos de uma vez e tem noção exata do transcorrer da "trama". E realmente, foi tudo filmado uma hora antes da peça começar. As pessoas que foram filmadas na rua estavam lá no teatro, realmente aparecemos no vídeo quando eles chegaram no teatro, etc e tal. Uma viagem! Pena que foram só três dias em São Paulo. Agora, se você quiser ver, terá que ir ao Rio... ou para a Alemanha ou Londres, pois o Gob Squad é um grupo brit-germânico que é responsável por dezenas de performances relâmpagos em espaços públicos... que Mob Flash que nada...

quinta-feira, outubro 05, 2006

Little Miss Sunshine (2006)



PRETEND TO BE NORMAL
Terça-feira fui à pré-estréia de Little Miss Sunshine, dos diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris. Filme independente que foi o queridinho do ano no Festival de Sundance. Claro, quando falo de cinema independente minha pré-disposição em assistir o filme aumenta e a vontade de ver quais tipos esquisitos irão desfilar na tela me deixa com uma certa ansiedade em ver logo a fita. E todo mundo tem essa certa noção de que o cinema independente americano é um zoológico de tipos estranhos. Ao mesmo tempo digo que o cinema independente nos presenteia com filmes maravilhosos, performances soberbas e nos oferece uma nova forma de olhar para as coisas - basta citar Monster, Meninos não choram, Transamérica, etc etc etc. E na esteira dos estigmas do cinema independente americano aparece essa gracinha de filme que é Little Miss Sunshine, uma comédia que não subestima o espectador, possui personagens densos e cativantes, todos com suas idiossincrasias, fazendo o riso ir brotando facilmente para no final te levar às gargalhadas. Trata-se da estória de Olive, uma garotinha desprovida de malícia, que descobre que irá participar das finais de um concurso de beleza infantil, podendo tornar-se a nova Miss Sunshine. Partindo dessa premissa, lá vai a família inteira cruzar o meio-oeste americano dentro de uma kombi para que a garotinha possa realizar seu sonho. A partir daí, você pode esperar todo o tipo de situações. Os "freaks" do filme se mostram humanos, cada um com seus sonhos, necessidades e inseguranças, mas o melhor é que cada um nunca deixa de sentir o poder de ser ele mesmo, no matter what. Os diretores não possuiam experiência no cinema - no currículo do casal apenas clipes e musicais, mas para bandas do nipe de R.E.M, Weezer, Smashing Pumpkins, Ramones, Jane's Addiction. Daí já dá pra tirar que os caras falam outra língua.

Are you from Barcelona?



Postei esse vídeo há uma semana mas não sei por qual razão só entrou agora. E acho que nem está funcionando. Mas é o clipe do I'm from Barcelona, aquela banda sueca freakfolk que lhes falei semana passada.

Song: We're from Barcelona
Band: I'm from Barcelona

terça-feira, outubro 03, 2006

...

Sucesso é conseguir chegar ao final da busca.

...

O que uma lagosta tece lá embaixo com seus pés dourados?
Respondo que o oceano sabe.
Por quem a medusa espera em sua veste transparente?
Está esperando pelo tempo, como tu.
Quem as algas apertam em teus braços?, perguntas mais firme que uma hora e
um mar certos?
Eu sei perguntas sobre a presa branca do narval e eu respondo contando como
o unicórnio do mar, arpado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei-pescador que vibram nas puras primaveras
dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano sabe isto: que a vida, em seus estojos de
jóias, é infinita como a areia incontável, pura; e o tempo, entre uvas cor
de sangue tornou a pedra lisa encheu a água-viva de luz, desfez o seu nó,
soltou seus fios musicais de uma cornicópia feita de infinita madrepérola.
Sou só uma rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão e de dedos
habituados à longitude do tímido globo de uma laranja. Caminho como tu,
investigando as estrelas sem fim e em minha rede, durante a noite, acordo
nu. A única coisa capturada é um peixe dentro do vento.

Pablo Neruda

A melhor novela dos últimos tempos e algumas conspirações

Há tempos não víamos tão excelente novela no Brasil como esta das últimas eleições. Todos os tipos estavam lá - inclusive os mais bizarros como o Super Moura, o Sargento Isidoro, o profeta Zé "Bin Laden" Muniz, a Super Zefa, o ravero Alexandre Bacchi; as celebridades Clodovil, Frank Aguiar, Camila Kiss, entre uma infinidade de outros seres provenientes de sabe Deus onde. Mas a verdadeira tensão recaiu sobre a disputa entre o mocinho Xuxu Alckmin e o vilão Lula Sabe-nada, e agora, nestes últimos capítulos, ninguém tem nem idéia de como será o final, porque essa novela realmente está surpreendendo a todos. Será que o vilão vai conseguir levar a melhor?

Ontem durante o almoço ouvi um cara (que também parecia ter saído de alguma tirinha de jornal do Angeli) dizer que essa história da queda do avião da Gol é pura conspiração eleitoral. Segundo o ser estranho, um passageiro com provas contudentes contra o governo tucano se dirigia a Brasília para por a boca no trombone quando os americanos do Legacy fizeram um ataque terrorista e derrubaram o Boeing para garantir que Lula não ganhasse as eleições, garantindo um bom relacionamento americano com o Brasil nos próximos quatro anos. Será?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Now and then

Fim-de-semana nada muito proveitoso. Muita chuva em São Paulo, nada a fazer. Teatro sábado a noite, depois de dormir o dia inteiro. Mais uma peça ruim. Domingo, almoço em família, votar, passar a tarde conversando com o Lê, que é sempre bom. Se jogar no sofá da casa de mamis e ficar assistindo filme, depois voltar para casa debaixo de chuva, às 11h da noite. Depois, passar a madrugada muito louco tendo conversas filosóficas e momentos catárticos com o Gil. Que foi muito bom e mais do que necessário.

World Trade Center



Esqueci de mencionar que depois de deixar o Edouard no aeroporto fomos ao cinema ver "World Trade Center", ou "As Torres Gêmeas", o título em português. Esqueça Oliver Stone, ele já foi bom. Esqueça esse filme também - melodramático até o talo (tudo bem, eu chorei mas isso não conta, já que até os episódios de "Extreme Makeover - Reconstrução Total" do People&Arts andam me fazendo chorar ultimamente). O filme é um deja vu de "O Resgate de Jéssica", tá lembrado? Aquele clássico da Sessão da Tarde, que com certeza gastou muito, mas muito menos para fazer o mesmo que Stone fez com esse filme. E meu Deus, o que era aquela cena de Jesus aparecendo com a garrafa d'água?

Last days










Last days. Fotos da festa lá em casa quarta-feira passada (ou aliás, fotos do final da festa), que descambou como sempre e acabou com performances memoráveis e alguns joguinhos nada familiares, além de vizinhos, zelador e síndico batendo na nossa porta para saber o que estava acontecendo. Não vou colocar todas as fotos pois algumas seriam censuradas, claro! Quarta-feira foi uma noite para entrar no calendário "Viver para contar", pois depois de tudo que rolou na festa censurada ainda fomos parar no Vegas, que estava vazia, e depois na dEdge, onde acabei dormindo no sofá e não lembro de nada do que aconteceu lá. Fui dar por mim sentado na sarjeta, perto do Burdog, em frente ao ponto de ônibus da dr. Arnaldo, naquela situaçãozinha que nem vale a pena comentar. E depois Umer, Edouard e eu azucrinando as pessoas na rua enquanto voltávamos para casa e por fim, uma bronca daquelas do zelador e eu, bêbado, abraçando o coitado e pedindo desculpas. Deplorável. O Umer iria embora logo mais para Porto Alegre, eram suas últimas horas em Sampa.

Quinta-feira foi a inauguração da exposição "H2O", da Do It!, lá no Senac Santo Amaro. Fomos para lá Melissa, Edouard e eu para encontrarmos o povo e bebermos um prosecco na faixa. Depois, enfrentar a vila Olímpia e se jogar no Monobloco, causando muito no templo dos mauricinhos de São Paulo, se sentindo livre para dançar quadrilha, fazer trenzinho e pular que nem um louco fazendo empurra-empurra com os que estavam deslocados no show, hohoho! Depois do Monobloco, esticada até a D-Edge para encontrar a outra turminha - Gil, Fernanda, Rapha e Rifi, e "se jogar" mais um pouco. Esta quinta-feira na D-Edge vai guardar lembranças que vou carregar para sempre, com certeza. Boas lembranças.

Sexta-feira, dia de dizer au revoir ao Edouard. Fomos levá-lo ao aeroporto e, adeus. See you in France!
Creio que existem coisas que são pré-determinadas a acontecer, pessoas que você está, por alguma razão, pré-determinado a conhecer. Acho que foi isso que aconteceu com a vinda do Edouard pra cá. Coisas para as quais não há explicação, elas simplesmente acontecem e você sente que não foi por acaso. Mas pondo isso de lado, o que importa é que nestas últimas três semanas tivemos a lot of goddamn good moments.