segunda-feira, janeiro 29, 2007

As arveres somo nozes


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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Let you go

Vá embora e feche a porta,
tenho frio
Vá embora antes que eu chore,
tenho frio

Vou trancar-me para nunca mais abrir
Pro sabor dos nossos sonhos não fugir

Ainda lembro de janeiro
Quando o sol me deu você
Meu presente de ano novo
Que agora o frio levou

Por favor, senhor sol
Me dê de volta Virgínia


Virginia - Os mutantes

* * *

Fear and panic in the air
I want to be free
From desolation and despair
And I feel like everything I saw
Is being swept away
When I refuse to let you go

I can't get it right
Get it right
Since I met you

Loneliness be over
When will this loneliness be over


Map of the problematique - Muse

* * *

Parafraseando um diálogo de Grey's Anatomy, não existe sensação melhor do que estar com alguém e olhar nos olhos dessa pessoa e não sentir desconforto algum. Amar e sentir-se amado. Quando você atinge essa sensação, é difícil não ficar presa a ela. Contudo, ventos sopram para diferentes lados e as coisas tomam rumos incertos. O que fazer quando simplesmente nada parece dar certo e, assim como um carro sem embreagem, você acelera o máximo mas não sai do lugar? Quando todas as suas tentativas parecem não surtir efeito nenhum e você se desgasta, remoendo tanta coisa que ainda tinha para ser dita? Um último telefonema onde tudo o que você tinha para declarar permanece preso na garganta. Como saber quando chega a hora de abrir mão? Abrir mão é sinônimo de falta de coragem ou simplesmente a consciência de que não há nada que possa ser feito? Esses dias têm me ensinado muito sobre todos esses assuntos - expectativas, resistência, apego, direcionamento. Às vezes, abrir mão é simplesmente uma questão de sobrevivência, é o ponto final que faltava para você seguir adiante.

Mutantes


Não nasci na década de 60 como desejado. Nasci no final dos anos 70. Não acompanhei a mutação de Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Rita Lee, nem o desfecho da banda pouco tempo antes da minha mãe dar à luz. Portanto, não conseguia entender porque todo mundo considera "Os Mutantes" a melhor banda brasileira de rock de todos os tempos. Mesmo conhecendo e gostando muito de suas músicas, realmente não conseguia entender e torcia um pouco o nariz para isso. Mas ontem deu para entender. E melhor que isso, curtir uma banda que está definitivamente entre as melhores do país. Tudo bem, eles já estão velhos, a "loucura" agora é meio posée, mas o espírito está lá de qualquer forma. O show começou às 20h com a praça da Independência lotada - 20 mil, 50 mil pessoas, sei lá. As favoritas do público estavam lá: Panis et Circenses, Balada do Louco, Baby, El Justiciero, Virginia, Minha Menina. Mas melhor que cantar junto foi curtir a viagem distorcida e psicodélica daquelas guitarras, dançando feito criança nos morrinhos próximos à casa do grito, entre o povo que, animado, mantinha a ciranda girando. E as pessoas na sala de jantar continuam ocupadas em nascer e morrer.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Mais tocada essa semana

GIRL FROM THE GUTTER
Kina

For all the things you said I'd never do
For all the things you said that were untrue
For all the times you made me feel alone
Said I'd never make it on my own

Things are lookin' up for me now
Seems like Karma's makin' its rounds
Its my turn now, won't be held down no
Karma's gonna visit you too
You gotta pay for the things you put me through
I hope you do, I hope you do, yeah, yeah

I hope your hell is filled with magazines
And on every page you see a big picture of me
And under every picture the caption should read
Not bad for a girl from the gutter like me

Coachella 2007


acabei de checar o site do coachella em busca de novidades e eis que me deparo com o line-up de 2007. é palhaçada das fortes. santo do auto-controle, me ajuda.

Blondies


esta foto estava perdida por aqui - gil e eu rumo à d-edge no natal. intenção: causar horrores sem ser reconhecido.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Tricks of fate


hoje tentei chegar a um acordo com minha mãe sobre questões como buscas, satisfação e quietude. para ela, estou sempre insatisfeito, sempre buscando algo. e a busca recomeça tão logo a anterior seja finalizada. a conclusão foi que a busca não termina nunca - sempre haverão portas a serem abertas e coisas para serem conhecidas. o que existe realmente é uma diferença entre as pessoas - aquelas que não ligam muito para isso e, como qualquer outro animal neste mundo, tratam de viver e fazer parte do todo composto por 6 bilhões de humanos que perambulam pelo globo - comendo, dormindo, casando, trabalhando, procriando; e aquelas que não se conformam muito com o fato de que o razão de ser do homem é essa mesma e assim tentam encontrar algumas respostas para tudo, ou pelo menos, conhecer todas as alternativas existentes antes de responder. sem distinções nem comparações, mas que essas duas classes existem, elas existem. e no fim, acabei convencendo minha mãe disso, só para tristeza dela, que, confessou hoje, sonhava que o filho se tornasse médico e que a porta da sala trouxesse uma plaquinha com as inscrições, dr. André - pediatra. eu falei: ok, mãe, te mando um cartão-postal da Mongólia qualquer dia desses. e é nessas horas que você pensa com seus botões sobre como sua vida te trouxe até aqui e chega a uma conclusão... fuck it!

sexta-feira, janeiro 19, 2007

À deriva

tem uma música do new order que diz que somos como cristais, que quebramos fácil. às vezes a vida parece um barquinho de pescador em mar aberto, e por mais que você tente ter controle, quando chega uma vendavalzinho que seja logo ele está sendo arrastado por todos os lados. expectativas demais podem te deixar deprimido. expectativas de menos podem fazer de você um tremendo cínico. mas como saber qual a dosagem certa? a gente nunca sabe. quando algo bom surge - um provável relacionamento, um novo emprego, uma oportunidade de mudar de país - não há como não fazer planos, esperar o melhor, sonhar com a felicidade e encher o convés de esperanças. é o homem no seu círculo vicioso. sou eu. é você.

(...)

tem coisas que acontecem que a gente não consegue entender o porquê, ou até mesmo como, dada a velocidade das circunstâncias. é só se dispor a começar algo, sem pensar muito, se entregar em busca de experiências e quando você vê, está atolado até o nariz - inseguro, indeciso e preso a tudo isso.

(...)

loca sábado. loca terça. loca quinta.
escapadelas para ir ver filmes leves como "O amor não tira férias" e "Mais estranho que a ficção". assistir Grey's Anatomy e descobrir que está viciado. conversas sérias que depois se mostraram não tão sérias assim. a possibilidade de começar um relacionamento um tanto diferente ficando só na possibilidade, comprovando mais uma vez que amor de verão não sobe mesmo a serra. pelo menos a minha. um buraco enorme. aqui nesse cara mas também lá no bairro de pinheiros. enfim, eis o compacto da semana.

(...)

Uma frase que ouvi em um curta-metragem no YouTube:
"Se não for entender, nem ouse perguntar"

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Guarda/Farol de Santa Marta











Algumas fotos dos últimos 15 dias entre Floripa-Guarda do Embaú-Farol de Santa Marta.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

And then 2007 begins

Começou. Vamos ver o que ele vai trazer.
Vou dizer que ele terminou bem, com algumas surpresas guardadas na manga. E vou dizer que ele começou bem também, já com muita risada colocada no baú da memória. Começou com banho de chuva. Começou com amigos queridos. Começou pirado. Quinze dias desconectado, perdido num lugarzinho chamado Guarda do Embaú. Começou com conversas e devaneios, visões fantásticas, sem nenhuma resolução de ano novo, sem nenhum arrependimento de ter deixado nada para trás ou a fazer. E para este ano, somente um desejo: levar a vida às últimas consequências - menos teoria, mais prática. Menos pensamento, mais movimento. Menos preocupação, mais ação. E só. De resto, só a plena consciência daquilo que eu já sei que preciso fazer e de que quem vive não precisa dar explicação. Planos? Muitos. Sonhos? Mais ainda. Desejos? Alguns. Mas entra ano e sai ano, nada muda, a não ser nós mesmos. Ia fazer uma retrospectiva, mas desisti. É melhor zerar e começar a contar novamente.