segunda-feira, dezembro 18, 2006

Veredas



As coisas andam meio tumultuadas ultimamente e pouco tempo está sobrando para atualizar este blog. Mas parece que tudo que queria acontecer em 2006 e não aconteceu ainda está tentando acontecer! Semana passada o escritório entrou em um processo de concorrência para duas campanhas que precisam ser finalizadas ainda em 2006. Ganhamos 2/3 desta concorrência e um novo cliente! Bom, no dia seguinte ficamos sabendo que o novo cliente foi comprado por uma multinacional suíça e que as coisas ficariam meio indefinidas. A campanha continuou de pé, ainda estamos correndo para fechar tudo até dia 22, mas quanto ao novo cliente, talvez ele vire um novo-novo cliente logo mais. Basicamente a semana passada foi marcada por noites varadas no escritório, ensaios para a apresentação do teatro, pela tentativa mal-sucedida de assistir "O Crocodilo" e não dormir, pela tentativa mal-sucedida de ver Jens Lekman no StudioSP e também não conseguir, já que estava lotado. Por alguns chopps para por o papo em dia com a Stelinha, e foi isso. Mas eis que a sexta-feira chegou.

Sexta era o dia do show do El Perro del Mar no SESC Vila Mariana, para o qual eu estava ansioso. É uma banda sueca que ninguém ouviu falar e tudo o mais, aquela coisa. Mas eu estava ansioso para ver e ouvir a sublime Sarah Assbring. O show foi curtíssimo, cerca de 50 minutos, num auditório ridículo de pequeno e eles estavam ultra nervosos. Foi um show estranho, parecia apresentação de colégio. Mas foi gostoso! Que voz deliciosa! A ocasião serviu para encontrar a Suzzan, uma alemã que conheci pelo velho e bom CouchSurfing. Ela está morando no Brasil e fazendo estágio na Câmara de Comércio Europeu - gente boa, gostei dela. E eis que na saída do show do El Perro...

Uma funcionária do SESC nos aborda perguntando se queremos assistir o show do Barbatuques, grátis. Como é? Grátis? Claro! E lá fomos todos nós - Suzz, Mitch, Gil e eu - ver as impossibilidades sonoras do grupo e convidados. E, com exceção da Badi Assad, nem precisava ter convidado nenhum, por exemplo o Chico César, que só fez estragar a apresentação dos caras. Mas o show foi ótimo, e se você não conhece, não perca a próxima oportunidade. Depois de Barbatuques...

Ainda restava tentar ir ao show do Erlend Öye, do Kings of Convenience, no StudioSP, uma espécie de acústico/voz e violão já que a banda não veio. Já estava meio bodeado por quarta não ter conseguido entrar por causa da lotação, mas voltei a tentar e sexta-feira estava sussa. Mitch e eu fomos para lá por volta da meia-noite, o show tinha começado, e o cara é uma figura completa - totalmente à vontade, fazendo brincadeiras, bem performático. E Kings of Convenience é aquela coisa né... som para ouvir com aquela preguiça característica de dias chuvosos e frios... ou só frios, à la Noruega. Depois de "I'd rather dance with you", "Stay out of trouble" e "Homesick" satisfazerem totalmente minha vontade louca de ir a esse show, o cara ainda saca uma "Heaven knows I'm miserable now" com toda aquela melancolia do Kings. De matar. Lá encontramos a Alê, a Angélica e alguns amigos delas que não conheço, e depois do show, entre um pulo ou outro na pista para matar minha vontade de dançar Gossip, o papo rolou solto até às 3h. E depois de três caipiroskas (como me alertou o barman, muito bravo, pois eu ficava pedindo caipirinha com vodka) e um saquê, lá vou eu...

Para o aniversário da Lukka, na D-Edge. E foi aí que o negócio começou a desandar. Encontrei um monte de gente, mas a Lukka que é bom, só fui encontrar no final e ela nem lembra que fui na festa, de tão... enfim, deixa pra lá. Mas ela foi embora e me deixou encarregado de acabar com 3 garrafas de champagne. Que tarefa difícil! Logo fiquei conversando com um amigo do Chris e matamos as três garrafas! E o melhor, ainda lembro o teor da conversa! Huh! Imbatível! Depois encontrei mais uns 3 conhecidos, papos rápidos e eis que... The boy from Milwalkee ataca novamente face à invasão de hologramas que aconteceu na balada! Às seis horas descolei uma carona para casa, paguei e quando sai da balada com o Gil...

A carona tinha ido embora. Pegamos o táxi e fomos para casa. No portão de casa, baixou outro exu e tivemos que desencanar de ir dormir, não sem antes dar uma passada na Loca para espeirar a poeira estelar baixar. Encontrar mais conhecidos, descolar mais bebida free até a hora de ir embora, dançar que nem um louco e ir para casa, descansar, às 10h da manhã. E esse foi...

O início do fim-de-semana. Mas sábado só trabalhei, domingo ensaio até às 3h da tarde para depois assistir a apresentação do pessoal de Artes do Corpo da PUC, "Mulheres de Rosa", uma peça com fragmentos da obra de Guimarães Rosa, com foco na relação de Riobaldo e Diadorim, de Grande Sertão: Veredas. Simplesmente animal, e emocionante por sentir a entrega vísceral com que o grupo estava fazendo aquilo. E a semana começa!

3 comentários:

Alê Marucci disse...

Ô, folego, hein!
Eu e a Gé saímos do Studio SP, comemos umas esfihas no Habib's e fomos nanar. Perto de você somos umas velhas cansadas, hehe.
Foi bom te reencontrar. Vai na nossa festa quinta, né?
Beijo.

Michel Simões disse...

Eu deixei ele na porta da D-Edge e fui p/ casa!!! Até 10h da manha, nem eu aguento rsrsrs... E o show do El Perro foi com cara de colégio mesmo, resumiu bem!!! Abraço!

madame min disse...

dé! você me faz sentir como se eu tivesse completado 72 anos na semana passada...

jesus!
que fôlego.


aaaaaah
viva 2007, broou!
beijocona