sexta-feira, maio 18, 2007

All together now


All together now II, originally uploaded by Andre Lima.

Encontro dos bipolares lá em casa ontem, estilo "mais uma festinha no 339". Mas ontem foi aniversário do Gil e a ocasião foi especial (e a multa merecida)!

quinta-feira, maio 17, 2007

Resfest 10

Começa amanhã e vai até domingo o Resfest v.10. Este ano o festival ocupa somente a Cinemateca e traz projetos interessantes que merecem ser vistos, como o filme de Matthew Barney, "Drawing Restraint 9", com atuação e trilha de Björk, ou a videografia do Radiohead, ou mesmo os panoramas de motiondesign, ou até a retrospectiva sobre o Goulard de Andrade, ou as apresentações de My Brightest Diamond e Miho Hatori. Os ingressos com acesso a todas as atrações saem por $60 (meia-entrada $30) e estão à venda nas lojas da Chilli Beans ou no Piola. Mais informações, aqui.

Aleluia!


Aleluia!, originally uploaded by Andre Lima.

Eu danço, eu canto, eu grito
Eu brinco
Eu bebo todas,
Fico alto até cair no chão
Sinto tudo de uma só vez
E ponho tudo para fora
Não gosto do controle do tempo
Nem das artimanhas das circunstâncias
Gosto de ser o que quiser
Nem que seja por um segundo

terça-feira, maio 15, 2007

Free Hugs Campaign

Tem dias que a gente só precisa de um abraço, nada mais.

segunda-feira, maio 14, 2007

Another saturday night

4:00. Madrugada no SoHo. Eu acabo de deitar, depois de perambular com os amigos drogados pelo bairro. O sábado se encerrou com a usual cerveja no Ibotirama, logo após assistir 'O Baixio das Bestas' no Unibanco. O filme nem merece comentários, pois é de uma violência tão gratuita que deveria ter sua bilheteria igualmente gratuita. Mas voltando à cerveja - lá estávamos novamente, os freaks, os surtados, na mesma esquina, assistindo ao desfile de tipos bizarros e acontecimentos surreais. Vimos a Elvira (a rainha das trevas) descer a Fernando de Albuquerque em seu modelito preto básico conhecido das sessões da tarde. Assistimos a uma batida policial no bar da frente mobilizando cerca de 20 policiais para fechar a boca de fumo que antes supunhamos ser uma simples sinuquinha. Vimos também um mendigo chegar à mesa e pedir três mandiocas fritas da nossa porção. Não era somente uma ou duas. O número era preciso - três - para manter a energia. Logo chegou um grupo de fotógrafos - também três - covers do Bee Gees. No meio disso tudo passa uma garota distribuindo informativos sobre ecstasy, logo depois de um evangélico ter distribuídos cheques de Cristo que poderemos sacar lá no céu. De repente um rapaz passa com camisas penduradas em cabides, enquanto quatro rapazes ouvem funk carioca no volume máximo dentro de seu Audio A4. Entramos pois o bar estava para fechar e precisávamos tomar nossa saidêra. Sentados junto ao balcão, ainda falávamos algumas merdas enquanto no rádio tocava Snow Patrol, aquela tal música que parece não cansar de me perseguir. E eu pensava, pensava, pensava. Por fim, acabei roubando uma maçã do boteco, de dentro da fruteira das vitaminas, enquanto os garçons não viam. Estava com fome. Será que eu seria preso? Comi a maçã, terminei minha cerveja, paguei e fomos andar pelo bairro. Novamente.

quinta-feira, maio 10, 2007

quarta-feira, maio 09, 2007

Cambalhotas


Crescer e ainda ser criança é bom demais!

sexta-feira, maio 04, 2007

Antonio

Antonio precisava somente de seu quarto, luz apagada, um vidro de barbitúricos, uma garrafa de whisky, ficar sozinho para chorar. Sentia que não tinha mais volta. A felicidade da época de criança não seria recuperada. Ele se enveredara por caminhos profundos, mais danosos que choque entre trens, e sentia que não voltaria mais à época em que nada sabia, à época em que seus sentimentos eram sobretudo ingênuos e crentes. Estava preso à escuridão de sua própria consciência, de sua própria solidão, e dali não conseguia dar passo algum. Teria que se acostumar com a vida neste novo ambiente, e dali extrair pequenas alegrias.

quarta-feira, maio 02, 2007

Crônica de uma alma em colapso

Na esquina algumas prostitutas, pessoas saindo do restaurante, luz amarela dos postes transformando o frio da rua em solidão sedutora. Ele vinha com as mãos nos bolsos, lágrimas nos olhos, passando de cabeça baixa pelas pessoas, tentando compreender o que era aquilo. Que dor era aquela, disforme e viscosa, que lhe tomara o peito, drenava o sangue, enfraquecia o músculo que bate e o deixava sem ar, como peixe fora d'água tentando respirar? Que espasmo era aquele que contraia todas as células e o colocava prostrado no chão com a alma em colapso?

Era a vontade de chorar pela morte anunciada de algo não nascido, a dor de perder o que não se teve. Pensamento longe, dedos sobre a mesa girando o cinzeiro, como se fosse sua cabeça, força centrípeta para que as emoções pudessem se aquietar e dizer seus nomes.

Coisa que se constrói do nada. 'Eu não te conheço! Então, qual o motivo? Não há'. São demônios do ar, um vírus para o qual não existe prevenção nem remédio, ele se multiplica rápido, infesta o corpo, percorre os nervos, a espinha, se aloja em cada canto, transformando desejo em dor.

Apetite voraz em busca de alimento.

Um rápido olhar, leve toque, outro olhar, profundo, furando a íris feito agulha em busca de outro sentido que processe toda sua intenção, muda e sem gestos. Uma música na rua em plena madrugada para os que passam e para ele que vai embora.

Erro do tempo, engenharia sem cálculos nem lógica deste lugar onde habitamos.

Mnemônico. Lá está ele no córtex cerebral, o mesmo sorriso congelado. Imagem persistindo na retina e em algum lugar entre os sentimentos, se escondendo entre as vísceras do outro sem querer partir.

Mas ele parte, não sabendo que no outro ele permanece sem hora para ir embora. Assim, sem explicação.