quinta-feira, julho 21, 2005

Peace, love and understanding

Ontem jantei com meus pais, pensando bastante no que a Kátia me falou sábado no posto de gasolina em direção à Ilhabela, de que seus pais estavam envelhecendo e ela estava longe, que sentia falta de passar tempo com eles. Fiz um pouco disso ontem, jogando conversa fora, assistindo TV, falando da cachorra, etc. Foi um tempo gostoso.
Remexi nas minhas coisas que ainda estão lá, peguei mais alguns K7 para deixar no carro... no caminho de volta pus esses K7 pra tocar e me deparo com uma das músicas que mais gosto nesse mundo, "Pra não dizer que não falei de flores", do Geraldo Vandré. Uma fita que devo ter gravado há pelo menos uns 13 anos atrás. Afe! Acho que no mínimo fui um adolescente problemático, pois na sétima série ouvia Geraldo Vandré e ficava pensando nos anos 60... Alguns nomes da MPB sempre tiveram meu respeito, gente que morreu ou sumiu do mapa justamente por levar os ideais e sentimentos mais a sério do que a popularidade, gente que hoje não é ministro nem estrela de documentários.

Fui pra casa e terminei de ler meu livro do Paulo Coelho. Resumindo o livro, passamos muito tempo carregando amarguras demais - amargura dos outros, das coisas que fizemos, das coisas que não fizemos, das coisas que acontecem sem mais nem menos e por aí vai - e que o único remédio para a amargura é ter consciência da vida, consciência esta que só vem quando se tem consciência da morte. Se você achasse que vai morrer daqui a 5 dias, com certeza teria uma pura consciência da sua vida e não teria medo de sentir o que sente, de dizer o que sente, de falar o que pensa, de fazer o que deseja, de se entregar ao desconhecido e a todo tipo de experiência. Uma pena que carreguemos dentro de nós a pseudocerteza de que somos eternos e de que tudo pode esperar.

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantado e seguindo a canção

Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

terça-feira, julho 19, 2005

Todas as formas de amor




Amigos de pouco tempo mas de longa data feitos em BH na minha última estada lá. Simplesmente amor à primeira vista. Claro que tem alguns que não estão na foto, mas serão lembrados... sempre...

Estou ouvindo Morrissey, "Hang the Dj, hang the Dj", e pensando em todas as formas de amor. Pensando que neste exato momento tem alguém sofrendo por alguém que está sofrendo por outro alguém que com certeza está pensando em outro alguém - e ninguém sabendo o que se passa, e alguém pensando se o primeiro alguém desta frase algum dia já pensou nele. Fico pensando também no amor de amigo, no amor de pai e mãe, no amor de irmão, no amor entre extremos, no amor entre iguais, no amor entre opostos, e em como é bom se abrir pra tudo isso! Então, se você estiver sentindo um pouco de tudo isso, deixe fluir! É como andar de bicicleta, você nunca esquece! Então... pedaaala!

segunda-feira, julho 18, 2005

Movimentos catárticos

gr. kátharsis,eós 'purificação, purgação; mênstruo; alívio da alma pela satisfação de uma necessidade moral; na acp. de rel 'id.'; ver catar-

O fim-de-semana seguiu uma trajetória catártica. Catarse é sempre boa. Catarse é sempre bem-vinda. Você sente sua vida sendo invadida por coisas que não gosta, uma avalanche de sentimentos que não fazem bem, uma sucessão de acontecimentos ruins, e chega uma hora em que a pressão é tão grande e você explode - deixa tudo sair, desata todos os nós, e se sente aliviado.

Poderia citar aqui as conversas de sexta à noite; as aventuras na Ilhabela; a iniciação ao nosso hippie lifestyle, né Kaqui? Ao desapego de sair sem destino; de se trocar na rua, literalmente; de descobrir lugares fantásticos; de beber até cair; de sair correndo e gritando pelas ruas só porque deu vontade, entre inúmeras outras coisas... poderia descrever todos estes momentos aqui, mas vou reservar as descrições para aqueles que realmente quiserem saber e participar, sentados numa mesa de bar, ou na guia da calçada, ou no chão da sala lá de casa, ou à bordo da Barca do Surf em uma estrada qualquer, destination anywhere - ok?

Um pouco de Belle and Sebastian

Acordei cedo hoje com vontade de ouvir Belle and Sebastian, especialmente essa música cuja letra está aí embaixo. Tomei banho e depois fiquei no sofá, parado, vendo o DVD.

LAZY LINE PAINTER JANE
Belle and Sebastian

Working the village shop
Putting a poster up
Dreaming of anything
Dreaming of the time when you are free from all the trouble you’re in

In the mud, on your knees
Trying hard not to please
Anyone, all the time
Being a rebel’s fine
But you go all the way to being brutal

You will have a boy tonight
You will have a boy tonight
On the first bus out of town
On the first bus out of town

Let’s see your kit for games
All the girls look the same
You are challenging style for running miles
You’re running miles in some boys jumper

Boo to the business world!
You know a girl who’s tax free on her back and making
Plenty cash
While you are working for the joy of giving

You will have a boy tonight
You will have a boy tonight
And you hope that she will see
And you hope that she will see

You will have a boy tonight
Or maybe you will have a girl tonight
And you hope that she will see
And you hope that she will see

You are in two minds
Tossing a coin to decide whether you should tell your mum
About a dose of thrush you got while you were licking railings

But you read in a book
That you got free in boots
There are lotions, there are potions
You can take to hide your shame from all those prying eyes

Lazy jane, all the time
Painting lines
You are sleeping at bus stops
Wondering how you got your name
And what you’re going to do about it

You will have a boy tonight
You will have a boy tonight
And you hope that she will see
And you hope that she will see

sexta-feira, julho 15, 2005

Tri-cam-pe-ão





É Tricolo-or-or-or!!!

segunda-feira, julho 11, 2005

Domingo psicodélico

A semana seguiu seu curso normal, conseguimos chegar ao final dela vivos! Quinta e sexta, comemorações do aniversário da Stelinha, revi algumas pessoas que não via faz tempo e dei bastante risada, seja expulsando a galera para eu poder comer a coxinha da Real de Sorocaba que eu ganhei escondido, roubando cerejas do bolo ou fazendo a competição de sorriso floresta negra... sábadão, cerveja e picanha no Giba, fim-de-noite no Sasha, filminhos, tudo muito tranquilo até que...



A madrugada de domingo chegou... hora de ir pra Tribe. Frio, muito frio. 4 da manhã, pegar a garrafa de catuaba geladinha na geladeira, descer as escadas correndo, pegar o Antonio na casa dele e o pocket bar que ele estava levando - energéticos, vodka e gelo... vamos embora, paramos na Sumaré para esperar um amigo... na hora de ir, cadê a bateria do meu carro?! Pifou... largamos o carro na rua e fomos de carona... esquentas no carro do Vasco, sonzera com o iPod, chegamos na Pedreira Mad Max, muito frio, neblina total e um trance ecoando em algum lugar...

Imagine seu espírito recebendo uma dose de 10.000, 150.000 Watts, um lugar maravilhoso, 5000 pessoas na mesma vibe, a música entrando em cada músculo do seu corpo e não deixando você ficar parado! Depois pire com os DJs fazendo inversões com New Order - Blue Monday e Bizarre Love Triangle, para ser mais específico! Frite um pouco seus neurônios ficando bem em frente às caixas, conheça pessoas legais... feche os olhos e deixe sua mente, sua alma, viajar para algum lugar que só você conhece... deixe seus amigos vir embora porque você quer muito ficar, e depois dê um jeito de voltar para São Paulo.

3 da tarde, quebrados e muito loucos, eu e Tony na busca pela carona... dedão para cima, andando pela estradinha de terra... curtindo tudo...

JUST BE
DJ Tiësto

You can travel the world
But you can't run away
From the person you are in your heart
You can be who you want to be
Make us believe in you
Keep all your light in the dark
You're searching for truth
You must look in the mirror
And make sense of what you can see
Just be
Just be

They say learning to love yourself
Is the first step
But you take what you want to be real
Flying on plains exotic locations
Won't teach you
How you how to feel
Beside the fact
That you are who you are
And nothing can change that believe
Just be
Just be

Cause now I know
Is not so far
To were I go
There's not this spot
Since this I feel
I need
To just be
Just be
I was lost
And I'm still lost
But I feel so much better

Cause now I know
Is not so far
To were I go
There's not this spot
Since this I feel
I need
To just be
Just be

PS: A foto é da Tribe do fim-do-ano... assim que tiver, posto as desse ano.

quarta-feira, julho 06, 2005

Vamos dar a volta na Ana!

Aeeeeeeee! No meio de tanta correria, sempre sobra um tempinho pra se divertir! Mais animal ainda quando a diversão é intensa, como foi ontem... (nossa, ainda estou rindo sozinho, eu e os flashbacks). Passamos o dia combinando de sair, fazer a maratona da Vila Madá, etc e tal, mas tudo parecia perdido pois já eram 11 e tanto da noite e ainda tava no escritas fechando um arquivo. Fui pra casa desolado, achando que ia miar, mas enquanto tomava banho duas insanas começam a gritar na janela do meu apartamento - Kátia e Ana, já pré-aquecidas pra noitada. Enquanto eu me trocava, a Ana surtou com o cd da Norah Jones, e ouvimos "Don't know why" pelo menos 10 vezes, e neste meio tempo, a Kátia invadiu o banheiro pela janela, pra me passar a garrafa de guaraná para eu abrir pois a tampa estava muito apertada. E adivinha pra que o guaraná? Para compor com o whisky, claro! Saio do banheiro e me deparo com duas pessoas tentando abrir a garrafa de licor de pequi com uma pulseira... no fim, não conseguiram abrir, claro, no máximo fizemos um furo e chupamos o licor pela rolha mesmo... que troço bom! Depois, um pouco de Salinas (pinga mineira pros não-entendidos) na cuia e toca pro Amp Galaxy, depois de não aguentar a Ana cantar "... from this moment", tão logo ela descobriu o cd da Shania Twain... já calibrados, chegamos na frente da balada, ficamos na fila pra fazer um H mas a Mel ainda tava pra chegar. A Ana resolveu que queria um pirulito, pois todo mundo na fila tinha pirulito... ai, toca pro Pão de Açúcar da Teodoro... não resisti, claro, e comprei uma garrafa de catuaba, e ficamos ali, sentadinhos no banco do ponto de táxi tomando catuaba embrulhada na sacola de plástico do supermercado e chupando pirulito de chiclé, maquinando um plano maligno de invadir o táxi. É quando a Mel liga, xingando porque estava dentro da balada: - cadê vocês?! Que merda, tô aqui dentro! Tá mó miado isso aqui, to saindo!
Bom, ae encontramos a Mel na frente da balada, nós e a temível Catuaba embrulhada na sacola branca do supermercado, símbolo-mor da Lei Seca. Entre alguns 'VAMOS DAR A VOLTA NA ANA' e indecisões momentâneas, ligações pra amigos e etc, resolvemos ir pra Lov.E, pra isso, tínhamos que ir pegar o Rodrigo (não o sócio), que ia por a gente pra dentro. Toca pra 9 de julho pegar o resto da turma (do Rodrigo, claro, que eu nem conhecia), pra depois ir pra vila Olímpia, com a catuaba, é claro, e o pirulito de chiclé. No caminho, fizemos um anúncio numa folha de papel chamando os casais dos carros ao lado pra fazer um swing, foi a sensação das paradas nos semáforos... fora a encenação minha e da Kátia pagando de casal sacana... Entramos na Lov.E, sonzinho anos 80 (não gosto da Lov.E mas de graça vai tudo né), tava bom, meio miado, mas bom... a Ana bodiando, eu e a Kátia locaços, ainda mais depois de 2 tequilas, a Mel entendendo pouca coisa... danças calientes, eu fazendo polichinelas com a Ana toda hora que ela colocava a mão no bolso e dava sinais que ia apagar, vodka com soda, os amigos da Mel que sumiram na V.I.P. AREA. E ficaram falando que tinha um atorzinho da globo com a gente, mas meu, nem lembro de nada... como se fizesse alguma diferença também se fosse o Antonio Fagundes ou a Gretchen... fui embora sem saber onde, como e porque, nem se falei tchau pra Mel e pro povo... just walked away... Ainda paramos no Burdog - eu, Kátia e Ana - pra fechar com o dogão tradicionalíssimo de fim-de-balada... Nossa, e a gente implorando pra entrar no burdog? O lugar tava fechado, aí ficamos implorando, de mãos juntas e quase ajoelhados, para o segurança deixar a gente entrar, e não é que funcionou? Tudo isso pra depois dormir abraçado com o vaso sanitário... que situação... acordei hoje às 8hs com o Rodrigo (o sócio) me ligando pois estava lá embaixo, na porta do prédio, pra me pegar para irmos para uma reunião... que beleza!

PS: Tá vendo Ká?! Esse post foi quase inteiramente dedicado a você! Valeu pela MADRUGADA DE SURTAÇÃO GERAL, tava precisando... mas a ressaca... afe...

terça-feira, julho 05, 2005

Um pouco de Rimbaud

Ma Bohème
(fantasie)


Je m' en allais, les poings dans mes poches crevées;
Mon paletot aussi devenait idéal;
J' allais sous le ciel, Muse! et j' étais ton féal;
Oh! là là! que d' amours splendides j' ai rêvées!

Mon unique culotte avait un large trou.
— Petit-Poucet rêveur, j' égrenais dans ma course
Des rimes. Mon auberge était à la Grande-Ourse.
— Mes étoilles au ciel avaient un doux frou-frou.

Et je les écoutais, assis au bord des routes,
Ces bons soirs de septembre où je sentais des gouttes
De rosée à mon front, comme un vin de vigueur;

Où, rimant au millieu des ombres fantastiques,
Comme des lyres, je tirais des élastiques
De mes souliers blessés, un pied près de mon coeur!

Minha Boemia
(fantasia)


Eu caminhava, as mãos soltas nos bolsos gastos;
O meu paletó não era bem o ideal;
Ia sob o céu, Musa! Teu amante leal;
Ah! E sonhava mil amores insensatos

Minha única calça tinha um largo furo.
Pequeno Polegar, eu tecia no percurso
Um rosário de rimas. A Grande Ursa,
O meu albergue, brilhava no céu escuro.

Sentado na sargeta, só, eu a ouvia
Nessa noite de setembro em que sentia
O odor das rosas, que vinho vigoroso!

Ali, entre inúmeros ombros fantásticos,
Rimava com a débil lira dos elásticos
De meus sapatos, e o coração doloroso!

E o tempo não pára! Literalmente!

Bom, desde sexta vimos correndo contra o tempo para fechar alguns trabalhos... trampo sábado, domingo, com direito a uma escapadela para uma noite gourmet sábado à noite na casa da Pati e uma fugidinha para o QBazar, para comprar uns pano! Varar a noite segunda para fechar um dos livros que estamos fazendo, e tudo continua de vento em popa! Mesmo cansado, vejo como é bom trabalhar e ver as coisas acontecendo... vale a pena! Mas o tempo não pára mesmo! Então, não dá pra gente ficar parado também! O jantar sábado foi bem legal, com as presenças ilustres de Lu, Cris, Pati, Gabi, Rodrigo, uma amiga doida delas que eu não lembro o nome e eu, que fui finalmente conhecer o apê da Pati. Eu e o Cris na cozinha preparando uma macarronada com frutos do mar, muito vinho, Belle and Sebastian na vitrola, rede na varanda, conversas com a lua e muita risada. No meio de todo o stress da nossa correria aqui no escritório, essa paradinha sábado à noite foi providencial - deu pra relaxar bastante. E é isso ae... a semana começou, já tá quase no meio, teremos o aniversário da Stelinha (que conseguiu comprar ingressos para a turma ir ver a final da Libertadores no Morumba, animal)! Agora vos deixo com um poema de Arthur Rimbaud, um poeta que, pra mim, concebia a vida no espaço-tempo do agora.

Dica de Música: Sinnerman - Nina Simone remixada pelo Felix da Housecat

quarta-feira, junho 29, 2005

Pílula 4: In the morning

Outros pensamentos desconexos... essa semana estou ouvindo bastante Damon and Naomi, uma dupla sensacional que me lembra bastante Belle and Sebastian (que para quem não sabe, B&S não é uma dupla, mas uma banda com 8 integrantes). Uma música em especial é "In the morning", do segundo CD deles, The Wondrous World of Damon and Naomi. Essa música me lembra um pouco The Mamas & The Papas numa versão moderna, um anos 60 revisitado, bem ao clima da trilha sonora de "Delicada Atração", um filme inglês muito bonito sobre o relacionamento de dois adolescentes com a trilha sonora regada à voz de Mama Cassidy, do Mamas and Papas. Uma outra noite dessas, fiquei ouvindo Billie Holiday, uma preciosidade de voz, uma tristeza mascarada e absoluta. Outra coisa que estou fazendo é lendo um livro bem interessante do Paulo Coelho, que, mesmo para aqueles que torcem o nariz para ele, acho que é um bom escritor. Preciso terminar minha viagem com Alice no País das Maravilhas, que estou relendo... Que mais? Consegui baixar todos os mp3's do cd Best of Morrissey, e agora fico aqui cantarolando Suedehead o dia inteiro...

Pílula 3: Balada da Granja

Esse fim-de-semana foi a balada da granja, quem não foi, perdeu, pois foi a melhor festa do ano! Umas 150 pessoas, todos amigos, muita bebida, alegria e energia! Churras, banda ao vivo (e que banda! somzinho animal!), depois eu nas pickups, chapado, mas até que o pessoal veio pra pista e dançou até o final!
Momentos altos:
1. Fritz The Cat sendo passado no telão
2. A tequila secreta do Banana
3. Gritar, pular e dançar "Dancing with myself" com todo mundo na pista
4. A banda tocando
5. O espectro do Cris (hahahahah), assistente de palco da banda
6. O Gonzo pegando todas
7. Marco Mágico presente na balada
8. As minhas go-go dancers, ajudantes de palco
9. O bolo, que ninguém viu
10. O estrago da jurupiga

Depois da depressão pós-balada, resta apenas começar a semana insana que sabíamos que ia chegar...

Pílula 2: Desejos realizados

Fiz várias coisas boas semana retrasada. No sábadão fui pra Santos fazer canoagem com a Kátia, muito bom, apesar do frio. Domingão, fui andar no Ibirapuera e depois ver Corpos Pintados (exposição bem mal montada por sinal, mas o conteúdo é ótimo), depois fomos Stela, Kátia e eu nos juntar aos maconheiros de plantão no show do Manu Chao, no SESC Interlagos, muito bom, muito bom mesmo... Pular, pular, pular, cantar junto arranhando o espanhol, clandestino, ilegal! Depois, pagar mico na porta do SBT na festa junina do Pânico! hahaha, olha, a gente consegue! Depois, acabar a noite de domingo na Loca, com o povo surtado, como sempre. Mas ando tão tranquilo ultimamente, que fiquei na minha, bêbado mas na minha. A semana passou rapidamente, aniversário do Rodrigo, comemorações, espetinho, bolo da dona Célia, correrias para a balada da granja, fazer seleção de músicas, baixar as que faltavam pela net, montar setlist. Mas no meio de tudo isso, um desejo realizado: finalmente beijei alguém de aparelho! hahahaha! Aeeeeeee!

Pílula 1: I want a famous face

Lembrei de uma coisa que eu queria comentar. Alguém já assistiu esse programa da MTV, "I WANT A FAMOUS FACE"? Onde a pessoa se submete a uma série de cirurgias plásticas no corpo inteiro para poder ficar igual ao seu ídolo, santo, personagem de desenho animado favorito? Pois é, me deparei com esse programa um dia desses... e cada dia que passa fico mais besta com a capacidade das pessoas serem tão inseguras - nem considero futilidade, bobagem, nada... é a insegurança das pessoas aflorando, achando que parecer com alguém famoso vai aumentar a auto-estima, a confiança em si mesmo, eliminar a timidez, vai mudar completamente sua vida. E nada contra também contra cirurgia plástica, cada um faz o que quer da vida, não é mesmo? Mas como o programa mostra todos os detalhes da cirurgia, passei mal de ver como é traumático o processo, as pessoas parecem um pedaço de carne no açougue sendo perfuradas daqui, cortadas dali, enxertadas mais ali, socadas aqui. Em um dos programas, havia uma menina que queria se parecer com a Britney Spears, e que após a cirurgia, ela colocou na cabeça que tinha que conseguir subir em um palco e fazer striptease numa danceteria (de strip, claro) para provar para si mesmo que tinha perdido sua timidez, que era uma nova pessoa que superava seus limites... Aí fico pensando comigo mesmo: esse mundo está realmente perdido... estamos todos perdidos...

Surto das coisas e pensamentos desconexos

Abandonei meu blog um pouco, não tenho tido tempo de postar nada, mesmo com tanta coisa pra contar, tanto pensamento que vai e que vem, tanta besteira que vi na televisão pra compartilhar, agitações, baladas, sentimentos, enfim, é o furacão da pressa passando por aqui - correrias, insanidades, muito trabalho, e quando percebo o que eu queria contar já é coisa velha, as novidades já não têm tanta graça e como eu não contei nada, parece uma pausa de alguns dias na minha vida. Vou ver se volto logo a postar minhas santas preciosidades, ou então vou jogando algumas pílulas conforme vou lembrando...

sexta-feira, junho 17, 2005

...

O planeta perdeu a hora,
vivemos em um mundo atrasado
Há tempos tocou o despertador mas parece que ninguém acordou
A casa está em silêncio, no escuro
E vejo meus amigos ainda dando a seus filhos
a mesma educação que receberam de seus pais
Ouço as mesmas críticas que não passaram pelo crivo da experiência
Assisto ao culto de valores que não resistem à comparações
A segurança leva à resistência cujo maior abrigo é o medo
e o mofo de todas as gerações que se propaga entre nós
O padrão ainda é aula de primeira comunhão
Passado fruto de catequese, índios esperando o cabresto
Cabeças sem consciência e raciocínio
E a vida segue a mesma trajetória,
retilínea em todas suas formas.
E eu a observo do acostamento,
entre uma carona e outra e
peço que você pelo menos tente,
se desafie a fazer algo diferente.

segunda-feira, junho 13, 2005

Everybody’s trying to make us another century of fakers



Fim-de-semana com toques de surrealidade dentro de uma calma e tranqüila pausa no tempo. Sexta-feira, ida no shopping com o Rodrigo para ver as pessoas gastando aos borbotões para presentear seus amores. Finalmente troquei o vale-presente que o Nando me deu de presente de aniversário, comprei "O apanhador no campo de centeio", do Salinger, um livro que sempre quis ler mas que o Lê, nos últimos dias, deu uma impulsionada na vontade. Depois, pegar o Lê no metrô para mais uma das nossas sessões CSW. Lá vamos nós para o Fran's falar da e sobre a vida em meio a leitura de trechos de Gabriel Garcia Marquez. Lá para meia-noite, toca para o Noitão do Belas Artes, cujo tema era "Odeio o dia dos namorados", hehehe, com esse tema já dá para imaginar a programação. Na verdade, antes de ir, rodamos um pouco e até cogitamos ir para A Loca, mas ainda estava fechada, não tinha ninguém conhecido no boteco da esquina, então vamos voltar para o Belas Artes mesmo. As cenas hilárias já começaram na compra do ingresso, pois ia haver um sorteio de diárias para um fim-de-semana em algum hotel Blue Tree à escolha - mas detalhe, só para casais. A pergunta da balconista: solteiros ou casal? Resposta: por que? Tem alguma diferença? Resposta da balconista: É que casais podem ganhar a tal diária, blá, blá... Resposta: Casal, claro! hahaha, mas nem ganhamos nada. Super chato. Enfim, fomos para a sala do cinema, um frio da Polônia lá dentro, o Leandro se contorcendo todo. Para quem não conhece o Noitão, são três filmes - uma pré-estréia, um filme antigo e outro filme surpresa. Mas como chegamos muito tarde, pegamos uma sessão extra e então eles começaram a nossa exibição com o filme surpresa, pois há um rodízio entre as três salas, gotcha? E o filme surpresa era:

CORAÇÃO SELVAGEM (Wild at heart)
David Lynch

"Have I ever told you," he asks, "that this jacket is a symbol of my individuality and my belief in personal freedom".

Bom, falar de David Lynch não é uma tarefa nada fácil. Aliás, digo que é quase impossível saber o que se passa naquela mente sombria, quase demente e doentia.
Tente imaginar um Mágico de Oz psicodélico, surreal, violento e bizarro; junte a isso a interpretação magnífica de Nicolas Cage; depois pegue um carro antigo conversível e dirija pelo sul dos Estados Unidos, cruzando a Carolina do Norte, do Sul, Alabama, chegando ao Texas, e no meio desse percurso adicione algumas personagens bizarras. Depois vá a uma locadora e alugue o filme, porque merece ser visto, e depois disso você vai entender o significado da frase mais emblemática do roteiro, que eu coloquei aí em cima. E não estranhe quando começar a tocar Wicked Game do Chris Isaak no rádio do carro enquanto os protagonistas rasgam a noite no deserto... POWERMAD!

Depois que o filme acabou, ficamos no lounge conversando, bebendo Pepsi X que estavam distribuindo... até posamos de garotos propaganda, ahaha... queria ver aquela foto, deve ter ficado a mais tosca. Próximo filme:

A VIDA SECRETA DOS DENTISTAS
Alan Rudolph

Digamos que o filme é extraordinário, mas somente se você souber procurar sob a superfície, pois é um filme difícil. Não sei se o filme entrará em circuito comercial, mas se entrar, vá ver. Queria comentar o filme, mas estou sem tempo, mas ele mostra exatamente como o comodismo é uma forma de medo e uma forma de se ter segurança, e como uma simples desconfiança pode por esse mundo, construído com tanto esmero, em colapso.

Depois desse filme e mortos de sono, resolvemos ir embora e não esperar o próximo. Fomos pra casa, ficamos conversando até o dia amanhecer, assistindo o dvd do Fleetwood Mac (claro que o Leandro ficou metendo o pau em uma das minhas bandas favoritas, mas tudo bem, hehe), e depois ainda assistimos algumas cenas de Pink Flamingos, o filme mais bizarro ever. E é engraçado ver como até para nós, que julgo um pouco mais mente aberta que a maioria, o filme ainda é amoral. Isso porque o filme foi feito em 1972. Eis uma das razões porque John Waters é um dos meus ídolos, hahaha. Esse conseguiu chocar o mundo. Depois da maratona, três horas de sono, um gole de pinga mineira para acordar e abrir o apetite na manhã de sábado, ler trechos do cacete de As Horas (o livro), pão na chapa na padoca, deixar o Lê em casa e ir para Bragança, com meu irmão, passar o fim-de-semana... dormindo, claro. Tanta coisa em tão pouco tempo. Lê, excepcional. Você é o saldo bom da minha vida no eastside.

Domingão, tomar sorvete e depois deitar na grama do lago em Bragança, olhando sol deixar a água dourada e os casais passarem de mãos dadas. Papos cabeça com o Rafa, ir no McDonaldos com o Ronnye, um dos sonhos de consumo dele.

À noite, de volta à Sampa, encontro da Mega Liga dos Solteiros contra o Dia dos Namorados na Vilaboim, com direito a Lambrusco e tudo mais. Eu, Stelinha, Ivonets e Marquinho, todos falando muita merda até o Bier&Bier fechar.

Voltar pra casa, assistir o dvd do Belle and Sebastian até altas horas e perceber que realmente corremos o risco de nos tornarnos "a century of fakers".

quinta-feira, junho 09, 2005

PORQUE SÓ QUEREMOS AQUILO QUE NÃO PODEMOS TER

É uma verdade incontestável, uma máxima diária. E com a inauguração da nova Daslu, a sentença fica ainda mais evidente. Mas não vamos falar de Daslu, blarghh, essa coqueluche do momento - deixe quem tem dinheiro gastar como quiser, porque com certeza se você tivesse tanto dinheiro também não estaria muito aí para a favela que está ali do lado. Mas enfim, também não falemos disso - deixemos para outro post. Vamos nos ater ao assunto principal - por que raios só queremos aquilo que não podemos ter?! E quando chega o momento de tê-lo finalmente, já queremos outro algo que não podemos ter, pelo menos naquele momento? A vida é engraçada, parece uma máquina cíclica de desejos e emoções que não pára nunca, o clímax é sempre evidente mas nunca suficiente. Vivemos sempre na berlinda, não deixando que nossa vida atinja uma via nivelada, reta, sossegada, cotidiana, rotineira. Qual a graça nisso? A graça talvez esteja em saber enxergar a própria vida nessas situações niveladas, retas, sossegadas, cotidianas e rotineiras, porque na verdade quem sempre espera por algo novo e diferente está sempre esperando que algo traga vida, nem se dando conta de que ela já está aí pra ser vivida. Estou sendo claro? Também não sei, porque sou um dos que também estão sempre esperando pela vida, não sabendo nunca vivê-la como queria. Atualmente, também quero várias coisas que não posso ter, mas e daí? Viver castigado como Prometeu ou escolher outro caminho? Para quem não sabe, Prometeu foi castigado por Zeus e tinha seu fígado devorado todos os dias por uma águia, mas durante a noite seu fígado se regenerava e assim, seu castigo era eterno. Tal como o desejo pelo impossível.

segunda-feira, junho 06, 2005

Hunting High and Low



Fim-de-semana cheio de altos e baixos - picos muito altos e quedas muito baixas, mas enfim, life's a shit anyway. Festança na casa da Mel comigo atacando de DJ, muito legal, não aproveitei a festa pois só fiquei cuidando do som, mas deu para tomar umas biritas e trocar uns "ois" e abraços com alguns amigos, mas o pessoal se divertiu e conseguiu sair da linha, tanto que sai da balada cheirando a cerveja depois da guerrinha que rolou! E o Oliver? Afe, o Oliver tava loco, estriquinando... hahaha... o domingo contou com algumas coisas desagradáveis mas que nem vale a pena comentar... então, bora pra semaninha que tá começando!

A vida é essa coisa solitária mesmo, errante sem eira nem beira!

segunda-feira, maio 30, 2005

Aventuras no cerrado

Ainda estou tentando conectar as lembranças de todos os acontecimentos ocorridos neste último feriado e vou te falar que está realmente difícil! Quatro dias muito, mas muito intensos e cheios de curtição, risadas e boas vibrações! Aliás, risadas não faltaram (as únicas horas em que não estávamos rindo era enquanto dormíamos, e olhe lá - isso quando não tinha alguém dando jump na gente!). Belo Horizonte, ao contrário do que algumas pessoas me disseram (é Edu, é você mesmo! haha), é uma cidade linda e tem um povo maravilhoso! Bom, como não vou conseguir traduzir nada do que aconteceu lá em palavras, mesmo porque ninguém ia compreender 100%, vou só relacionar os eventos:
1. Chegada com direito a almoço cujo cardápio era arroz com pequi (só provando pra saber) e caipirinha de lima, especialidade do Alexandre e da Ju, e alguns dixavos iniciais da Tia Dione, hilário!
2. Ida pra fazenda da família Coutinho na Serra do Cipó - compras no supermercado foi um fator a parte, pior que excursão de japoneses na Disney.
3. Causos e causos com a Diana, Fabi e Alessandra no carro durante a ida.
4. Horas seguidas de riso na fazenda com a Renata contando seus casos, que deixaria a Bridget Jones no solado do chinelo... Rue de Fleur? Rodrigo Santoro? Firma o Gooorpe meu filho! Aliás, quem já fez uma Ressonância Magnífica? Corpo de Delírio? Tomogracinhas? 5 horas da manhã, chega de dar risada, vamos dormir...
5. Sexta-feira de sol na Serra do Cipó, palhinhas da Raquel cantando, a comida ótima da Beth, a Flavinha detonando a garrafa de cachaça, beira da piscina e o pit-bull mais fofo da face da terra, Lolo, e mais alguns causos hilários.
6. Volta pra BH, mas não sem antes parar na megalópole de São José do Almeida, no Armazém do Lamartine e ficar conversando com o seu Geraldo enquanto ele serrava minha pinga... hahaha.
7. Café com Letras para abrir a noite, sete mulheres falando muita besteira e apenas eu de homem pra ouvir. Ninguém aguenta. Vivi e Isabella se superando...
8. Stela e Flavinha foram ouvir a roda de samba do Briga de Galo no Conservatório, eu, Alessandra, Marcos, Daniel, Clélinha, Diana e Fabi indo pro Andaluz para uma baladinha surreal... dá-lhe vodka com energético, pista bombando, fazendo amigos e influenciando pessoas, convites para chill-outs (desconversa, estou com meus amigos, não sou daqui, não dá pra ir, mesmo morrendo de vontade), e a noite sendo encerrada com a Fabi sendo colocada pra fora e eu não entendendo nada.
9. Despedida da Diana e da Fabi que voltavam pra São Paulo no dia seguinte pela manhã, e conversas com a Alessandra até quase sete da matina na cozinha do apê, comendo o mingau de milho incrível da Tia Dione.
10. Acordar com aquela ressaquinha no sábado e direto pra roda de samba no Otoni 16, onde encontramos todo mundo de novo e onde também pude ver a Raquel cantando - ótima voz, muita descontração, com direito à homenagem aos paulistas - Trem das Onze, todo mundo cantando, rua fechada, muito chopp e pinguinha mineira.
11. Volta pra casa, tira um cochilo e começa a festa no apê com a presença de figuras mais que hilárias jogando Desafino e falando muita, mas muita merda... conclusão: 5 da matina e ainda na mesa jogando conversa fora.
12. Domingão, niver da Alessandra, descobri que quero ser sommelier depois de assistir um programinha da GNT, voltas na Pampulha no pôr-do-sol e passeio no Savassi de noite, antes de embarcar, com a tia Dione tirando barato da gente.

Bom, resumindo foi isso, mas só estando lá para saber.
Agora aguenta a depressão pós-feriado!

sexta-feira, maio 20, 2005

As substâncias alucinógenas da cevada

Ouça uma rodinha de samba junto com seus amigos e um copo americano cheio de cerveja na mão. Deixe a poeira levantar enquanto você sacode o esqueleto daquele jeitinho tradicional: sambinha no pé, fazendo o copo de pandeiro, corpo meio arqueado pra frente. Depois deixe se levar pela gafieira, pise um pouco no pé da sua parceira de dança, empurre sem querer os músicos que estão bem do seu lado. Converse com o casal de idosos que levaram a neta para a balada - coisa mais linda e invejável do mundo. Depois converse com seus amigos, mas converse muito. Zoe bastante. Passe a garrafa de novo, você enche o copo deles, eles enchem o seu. Passe outra garrafa. E outra, e outra. Surte bastante. Depois, quando sair da balada, faça um pouco de vitrine viva na porta de vidro do lugar, para entreter aqueles que ficaram lá dentro. Corra na rua. Se sinta meio etéreo, fluídico, eu diria. O tempo parece ficar mais lento, cada momento dura uma eternidade. Jump, jump, jump! E se jogue em cima dos seus amigos! Depois, no carro, dê sustos naqueles que caminham tranquilamente na rua em plena madrugada. Finja que está passando mal para seus amigos pararem em alguma loja de conveniência, porque, na verdade, você não quer que a noite termine! Depois, deixe seus amigos gritarem e darem show dentro da loja - Eu quero banana!. Tome mais uma Smirnoff Ice, coma seus pães de queijo com recheio de azeitona, ganhe um pão de Mel e dê um presente bem brasileiro para seu amigo gringo levar para casa. Na hora de pagar, discuta com a moça do caixa porque você acha que a conta está errada, na verdade, ficou mais barato e a gente, claro, é super honesto. Depois, grite mais um pouco na rua e vá pra casa. Mas não durma ainda, ligue para seus amigos pois você acha que eles ainda vão para algum outro lugar, às quatro e meia da matina, e você também quer ir. Deite na cama, feliz, e tente apagar as luzinhas que ainda teimam em ficar piscando na sua cabeça.

What a fucking night!

quinta-feira, maio 19, 2005

Siga o seu destino, Anakin



Star Wars III ontem, primeira sessão aberta, meia-noite e um! Hilário! Uma hora de fila, vários personagens engraçados com seus capuzes e sabres treinando lutas incríveis no foyer do Cinemark. Já dentro da sala, ia tudo bem com o desfilo de fantasias até chegar um gordinho vestido de Darth Vader que parou a balada. Aplausos! Urros! Fotos! Começa o filme, o tradicional letreiro e trilha sonora invadem a tela pra delírio geral da platéia! Mais aplausos, urros! Peripécias do mestre Yoda, batalhas animais, aquele som do sabre se movimentando (Uoommmmmm)! Climax: o nascimento de Darth Vader! Silêncio geral, podíamos ouvir um alfinete cair... a máscara começa a se encaixar e finalmente ouvimos o click e a respiração ofegante de Anakin - eis o início de toda uma era! Nasce Darth Vader! Outra crise de delírio na platéia! Três horas da manhã, let's go! Sensacional! Tanto pelo filme como pelo evento em si, de ver uma geração perdida de adultos barbados vibrando com o filme, cujo enredo tem pelo menos 30 anos!

Hoje, muito trampo! Piercing novo! Que dor! Finalmente convenci a Melissa a fazer (ae medrosa!). Duas horas depois, saímos da clínica com os trocinhos devidamente colocados! aeeee! Agora vou sossegar por pelo menos mais 2 anos... hehehe.

quarta-feira, maio 18, 2005

A saga de dona Josefa e o ônibus que não espera

Dona Josefa acorda todo dia às 4h30 da manhã. Mora na periferia, precisa cruzar a cidade para chegar no trabalho. Faz o café do marido, lava a roupa, estende tudo no varal, pega sua bolsa, prende o cabelo e sai, fechando o portão com cuidado para não fazer barulho com as chaves. É cedo, o sol começa a sair. E ela se joga na penumbra, em direção ao ponto de ônibus. Chega no serviço, limpa o dia inteiro. Passa alguns momentos cantarolando, outros resmungando, outros lembrando das decisões que tomou e que a colocaram nesta vida que ela conhece, e, em outros momentos, ela pára um pouco de esfregar as toalhas no tanque da patroa e, com os olhos perdidos em algum ponto, fantasia. Sonha em ir para algum outro lugar, de fazer outra coisa, de ser outra pessoa. O relógio marca 6h da tarde. Ela se arruma, pega novamente a bolsa, prende o cabelo, deixa a chave com o porteiro e sai. E então começa sua saga.

Sempre que está virando a esquina, o ônibus passa e pára no ponto, a alguns metros dali. Ela corre, corre, corre, grita e pede para esperar. Quando está chegando, o ônibus arranca. Ela chega no ponto com cara de tacho, senta, e se põe a esperar outro. No dia seguinte, a mesma coisa. Ela sai mais cedo, para garantir que vai conseguir pegar o ônibus no horário certo. Ele passa mais cedo, ela vê. O ônibus pára no ponto, ela corre, corre, e ele arranca. No dia seguinte, ela chega no ponto, o ônibus ainda não passou. Ela espera. Outro ônibus pára no ponto e o que ela tanto espera vem e passa por trás. Todos os dias a mesma coisa. Mais uma hora de espera e logo dona Josefa está pegando o outro ônibus para ir para casa fazer janta, passar e se preparar para outro dia.

Enquanto espera no ponto pela vinda do outro ônibus, dona Josefa, em seu modo simples, se põe a pensar em como sua vida é uma grande corrida atrás de um ônibus que não espera, e em como nunca pensou em desistir até se dar conta disso. Mas tomada de tal cansaço, ela pensa que talvez seja hora de parar de pegar esse maldito ônibus e ir caminhando.

segunda-feira, maio 16, 2005

Adeus Mercedez!


Mercedez, Rô e eu na Serra do Corvo Branco, Urubici/SC.

Esse post vai ser inteiramente em homenagem à Mercedez, minha golzeta prata mais do que guerreira, que foi sequestrada quinta-feira à noite. Puta momento "Cara, cadê meu carro?", manja. Mercedez, muitos bons momentos com você! Sempre pareceu um jeep, aguentava todos os trancos, viagens com 500kms em estradas de terra, resistiu firme e forte à minha miopia e às malditas lombadas e buracos! Vai deixar saudades!

Enfim, agora estou à pé, com mais tempo pra pensar na vida, ler meus livros atrasados nos busões, fazer amigos e influenciar pessoas na rua, etc., até sair o dinheiro do seguro e eu partir para a árdua tarefa de procurar um outro carro.
Stelinha, valeu pelas caronits! StarWars First Screening - here we go!

É isso ae... nada de interessante neste fim-de-semana... aliás, várias coisas interessantes, ehehe, mas foi tudo muito intenso porque meu fim-de-semana se resumiu a algumas horas de diversão e várias horas trabalhando... mas as horas de diversão valeram cada minuto! hahahaha... Sexta-feira: cervejinhas com o Ro e a Kátia no Justa Causa, falando da vida... esticada até em casa (na frente do bar) para deixar a bolsa e ir encontrar a Stela, aproveitamos, eu e Kátia, pra fazermos algumas experimentações com whisky e frutas, hahahaha, muito bom Kátia... caipisky de abacaxi, kiwi, uva, frutas em conserva alcoólica, whiskerinhas, coqueteleira nova e experiências psicodélicas com os mexedores coloridos fluorescentes que o Ro me deu... papos filosóficos sobre a evolução natural das drosófilas, muita piração e risada. Ae Kátia, valeu! Precisamos continuar as experimentações! Depois do surto, saímos pra encontrar Stelinha, Ivonitz, Alê e um outro pessoal que eu não lembro o nome pois estava tra-la-lá, na Vilaboim... afe, mais um chopp e... Surtos com a Ivone e os planos pra fazer um estágio não-remunerado com o Dalai Lama (Ivoninha, te adoro guria, vc é a melhor!)... D-Edge, será que vou ou não? Será que o pessoal vai estar lá ou não? Ah, dane-se, vou entrar. Encontro o Dan e o resto da galera, surto geral, mais alguns destilados, outras experiências psicodélicas com as luzes surtantes da d-edge, som animal, Dan some (já estou me acostumando com esse guri me abandonando... olha a carência! haha), conheci uma outra galera muito jóia, Breno, Patrícia (acho que era esse o nome dela) e um outro guri que não vou lembrar o nome... papos desconcertantes, pirações, cumprimentos com selinhos, odisséia à procura de um chill out pra ir. What a fucking night! Seis e meia da matina, táxi pra casa.

Trampo dia inteiro no sábado, sem condições de sair à noite. Assisti Pink Flamingos, grotesco, bizarro, mas animal! E a cena final, o que é aquilo? Um diretor insano e um bando de atores mais insanos ainda. Domingo, passeio de 10 minutos na feirinha da Pompéia, mesmo porque é na frente de casa, mais trampo, reuniões às sete da noite, aprovações e definições para o livro, bier&bier mais tarde com a Stela, alguns choppinhos pra salvar o resto do fim-de-semana. Segunda, acordar e ouvir Human League, "Don't you want me baby? Don't you want me oohhhh". Fim.

quinta-feira, maio 12, 2005

Como uma bala



O CONTO DA BALA CALIBRE 38
A bala foi retirada da caixa e colocada bruscamente no tambor da arma. O tambor girou, e lá ela ficou em tremenda ansiedade à espera do que poderia acontecer. Não tinha a menor idéia do que viria a seguir, para onde iria - tudo que via era um tremendo túnel negro e em seu limiar, uns raios fulgidios de luz. O tempo foi passando e a bala continuava esperando, esperando que alguém apertasse o gatilho e a projetasse para o mundo. Nada acontecia. A trava era liberada diversas vezes, mas da mesma forma, era ativada novamente. Havia momentos em que ela sentia a trava se soltar e uma leve pressão era colocada sobre o gatilho - pronto, seria aquele o seu momento, e um sorriso cheio de esperança se abria em seu interior. Mas o gatilho nunca era pressionado, e a bala voltava à sua vida de frustrações e fantasias.
Não precisava ser arremessada contra nada, não havia necessidade de destruir algo. Na verdade, ela nem queria isso. Ela queria ser atirada para cima, para o céu, sentir a velocidade agitar o ar, ver somente o azul, mesmo sabendo que o momento duraria tão pouco e que não poderia nunca vencer a gravidade. Mesmo assim, ela queria. Passou a tentar se rastejar pelo cano do revólver, claramente sem sucesso. Descobriu que somente ela poderia ser capaz de resolver aquilo. Somente ela era responsável por concretizar seus sonhos, e desde então começou a pesquisar maneiras de torná-lo realidade. Começou a fazer testes com a pólvora que carregava e, um dia, causando um enorme atrito interior, detonou uma força gigantesca que a projetou para o mundo. A arma atirou, ninguém entendeu como. A bala sentiu a adrenalina se espalhando por toda sua liga metálica, sentiu a pólvora queimar. Cruzou o cano e passou pela borda, agora era livre, mesmo não sabendo muito bem o que fazer com essa liberdade. Muitas coisas se passaram na sua cabeça neste instante. Uma pena que a arma estava sobre a mesa, e em questão de menos de um segundo, lá estava a bala incrustada na parede.

quarta-feira, maio 11, 2005

Se joga... literalmente...


Outra foto da série Farol: galera se jogando nas dunas - Japa, Rô, Cris, Jacaré, Vini e eu (tirando a foto). Agora estou lembrando porque a lente da minha câmera tá cheia de areia. Não foi só o sandboard.

Semaninha sussa... segunda, TV em casa assistindo América. Impressionante como a Sol, em apenas dois capítulos, já conseguiu chegar em Miami, ser presa, fugir, vagar totalmente abandonada pela cidade sem falar nenhuma palavra, conseguir trabalho, já riscar umas palavrinhas em inglês, conseguir outro trabalho, mandar dinheiro (300 doletas) pro Brasil e essa carta já chegar! Acho demais! Terça, comer pizza com a mão, sentado no chão, copinhos plásticos com guaraná na casa nova da Mel lá onde Judas cortou a unha do dedão do pé, pois lá, naquela altura, ele já tinha perdido as botas, as meias, tudo... mas a casa é gigante e abriga fácil megabaladas com direito a darkroom e o excambau. Só preciso convencer ela a liberar o local! hehehe... preparem as pickups!

Ainda ontem assisti Janela da Alma, ótimo documentário nacional sobre a visão. Ainda no documentário, o Oliver Sacks (aquele neurologista americano famoso que escreve vários livros), fala que a visão está totalmente associada às nossas emoções, e estas totalmente associadas às nossas memórias. Quando você vê alguma coisa, não dissocia o visual da emoção que aquela imagem carrega pra você. E que existe uma síndrome que faz algumas pessoas dissociarem a imagem da emoção/memória, o que resulta em você reconher, por exemplo, sua mãe (a imagem) mas aquele imagem não representar nada para você... que louco isso... fora outras coisas muito legais que tem nesse filme.

Fora isso, semaninha pra lembrar... consegui achar um amigo que estudou comigo da 1a a 4a série e depois foi embora pra Minas... Faz somente 15 anos, e agora consegui achar a irmã dele no orkut, que animal. Ainda estou tentando achar minha paixão platônica no orkut, mas nada - uma guria ae que está casada, com filhos, morando em Chicago e a qual eu não consigo esquecer nunca... e karma!

É isso... sexta-feira está chegando... hora da roleta russa! Hora de se jogar!

segunda-feira, maio 09, 2005

Eu quero uma casa no campo...


Pôr-do-sol no Farol há uns reveillons atrás. Cena magnífica. Cena surreal.

Hoje amanheci lembrando do Farol, deste e de outros pôr-do-sol que vi e revi lá. Das baladinhas, das cervejas com camarão na praia, de andar descalço, de meditar no Morro do Céu, do sandboard na praia da Cigana, de ficar na rede lendo até dormir, da garçonete linda do bar do Ali, paixão à primeira vista. Dias muito bons. Daí, de repente, comecei a cantar aquela música da Elis, "... eu quero uma casa no campo...", que resume bem o desejo que eu tanto tenho de levar uma vida mais simples, de curtir mais a própria vida, o próprio corpo, usar mais os sentidos - andar descalço, ver pôr-do-sol como aqueles, sentir o cheiro da brisa, sentir a brisa, aproveitar melhor todos os sabores, abraçar mais as pessoas e usar meu tato para poder senti-las melhor. Eita segundinha brava... Ainda tô com aquela síndrome de largar tudo e querer descer as cataratas no barril. Mas passa, tudo passa não é verdade? Até uva!

quinta-feira, maio 05, 2005

Nossa, já é quinta!

Essa semana foi zapt,zupt. Muita coisa pra fazer, pouquissimo tempo, enfim, ela está acabando mas continuo cheio de coisas pra fazer. Nada demais essa semana, estou dando uma trégua para meu fígado e neurônios... jantares básicos, encontros familiares, hoje talvez um cineminha e só. Preciso começar a agilizar as coisas pra mega balada na casa nova da Melissa e arrumar os últimos detalhes lá em casa (tipo, trocar as persianas que comprei errado, arrumar o gás, enfim, aquela vidinha de dono de casa), e claro, pôr a vida em ordem, fazer novos planos e começar a lendária tese da pós. E por enquanto, mesmo com essa semana preguiçosa e marasmática, vou postar uma música que é meu lema de vida (olhem essa letra!), tipo, Vive la Diference!:

MINORITY
Green Day

(chorus)
i want to be the minority
i dont need your authority
down with the moral majority
'cause i want to be the minority

i pledge allegiance to the underworld
one nation under dog
there of which i stand alone
a face in the crowd
unsung, against the mold
without a doubt,
singled out
the only way i know

*chorus*

stepped out of the line
like a sheep runs from the herd
marching out of time
to my own beat now
the only way i know

one light, one mind
flashing in the dark
blinded by silence of a thousand broken hearts
"for cryin out loud" she screamed unto me
a free for all
fuck 'em all
"you are your own sight"

terça-feira, maio 03, 2005

The day after

Acabou a semana de comemorações e ontem ainda não tinha condições de postar nada... simplesmente tudo atrasado, tudo bagunçado, mas... que semaninha animal! Muita comemoração, muita bebedeira, muitos momentos junto daqueles que eu mais amo nessa vida. Casa bagunçada, reclamações do condomínio, ressacas absurdas e um sono inacabável... Várias fotos pra mostrar mas esse blog tá encrecando com minhas fotos pois nunca aparecerem... preciso resolver isso, depois eu posto... fotos hilárias, comprometedoras... Lá vai um resumo dos acontecimentos:

SHOW DO PLACEBO







Aê, Lê, foi demais passar a virada com você! O primeiro a me desejar feliz aniversário, com os caras tocando Bitter End... momento inesquecível. Os caras entram 5 pra meia-noite, começaram tocando Taste in man e depois engataram Bitter End... pulamos muito, eu, Le, Danilo, Tatee e cia, suamos todo o álcool ingerido lá fora enquanto as bandinhas que iam abrir o show tocavam, e curtimos demais. O show foi britanicamente curto, uma hora e vinte apenas, mas valeu cada minuto. O Danilo deve estar se recuperando até hoje da porrada da Catuaba, hehyeheh...

QUINTA E A FESTINHA EM CASA















Quinta ganhei dois bolos-surpresa, um durante uma reunião com nossas clientes, outro aqui no escritório... valeu gurias da Detail e guris da S². Sei que vcs não conseguiram fazer muita surpresa com esse meu jeito escancarado de ser, mas valeu muito... Depois, correrias pra arrumar tudo pra festa de noite, lá em casa. O Rodrigo ajudou fazendo as compras enquanto eu arrumava as últimas coisas... Várias lendas apareceram, a Lu ganhou em disparado o concurso de melhor chapéu, a galera inventou a caipisky, caipirinha de whisky, e todo mundo surtou geral... foi muito, mas muito bom... ao todo, 25 pessoas no apartamento. Vários pontos-altos na noite, tipo eu não reconhecer a Netty quando abri a porta e depois, durante a festa, ficar muito feliz por encontrar ela lá... ou quando a Mel me deu o Santo Graal, o copo responsável pela dor de cabeça coletiva na sexta-feira. Ou a guerra de torradas com patê, ou a correria pra pegar Fatodkas antes que acabassem, ou minha cara de bêbado em todas as fotos, ou o açougue Bom Bofe, ou o Igor de Rocky Balboa... hahah, a night to remember...

SEXTA E A FESTA MIADA À FANTASIA









Sexta-feira, ressaca geral e recuperação para de noite... limpar o apartamento, muito lixo, muita louça pra lavar, e tentar achar meu celular que estava perdido em algum lugar do apartamento... Preparar a fantasia pra festa de noite... baladinha a la Vila Olímpia, urggghhhh, mas open bar né, então, se joga... e nos jogamos... eu (Platoon), Stela (Boo), Ivone (Bonequinha de Luxo), Kátia (ninguém sabe até hoje que fantasia era aquela), Caio (matrix?), Mel (Clã das Adagas Voadoras), Igor (Rocky Balboa, hehehe)e cia... saquê com arroz tipo 2 e vodka natasha... mas pra bom bebedor, isso é café pequeno... saímos de lá com o tiozinho limpando o chão, estriquinando, e o resto da madrugada não posso postar aqui... hehehehe...

SÁBADO DE SOL







Impossibilitado total de raciocinar... A Melissa então, nem se fala... a pior ressaca é a ressaca duradoura, de 2, 3 dias... acordei 3 e meia e fui direto pro niver do Caike, muito sono, impossibilitado de falar coisa com coisa... fui ficando por lá e umas dez da noite vim embora, pra tentar ir na Trash... ligo para todos e todos estão mal - ressaca, dor de cabeça, dor de garganta, sono... conclusão: pulamos a quarta fase, preferimos ir comer uma pizza na Casa Braz, eu, Duarrdo e Mel e tomar um choppinho pra comemorar a quarta fase... próximo passo: cama.

DOMINGO DE ENCERRAMENTO







Domingo cedo, café-da-manhã com minha mana, na casa dos meus pais... panquecas, café preto, mel e geléia (sem syrup, que pena)... muito bom, conversamos bastante e depois peguei o Rafa e a namorada para irmos pro sítio almoçar com meus pais... depois de 4 dias sem almoçar nem jantar, nada melhor mesmo que a comidinha da mamma, ainda por cima comidinha de sítio - feijão de corda, arroz, carne de panela, maxixe, quiabo, salada... hummm... animal... cervejinhas, tio Léo falando muita besteira, discussões filósoficas sobre a evolução espiritual dos lactobacilos vivos, roubalheira no jogo de dominó, ficar se pendurando no balanço, ver o Ronnye, que fazia tempo que não via... comer canjica, mais um bolo surpresa que minha tia maravilhosa fez pra mim e pro Rafa, e vir embora para a festa de encerramento na Loca - eu, Mel e Zé Netto. Noite animal, várias músicas boas, encontrei o Gustavo e uma amiga dele, fora outras aparições lendas e outras lendas que eu conheci lá... mas foi uma noite muito sussa, estava lá só pra curtir as músicas, beber mais um pouquinho pra variar e conversar... até zoar o Michael Love eu zoei, hehehe... saímos de lá 6 e tanto da manhã e fomos tomar café na Bella Paulista, naquele estadinho...

E foi isso... muito obrigado a todos pelos emails, scraps, ligações, aparições, presentes e ajuda nesses dias... amo todos e talvez vcs não saibam como são parte essencial da minha vida, cada um com sua peculiaridade, com seu jeito e personalidade. Quando começo a pensar em todos - minha família, meus primos, meus tios e tias, meus amigos de longa data, meus amigos que chegaram a pouco tempo ou os que estão chegando agora, dá vontade de abraçar cada um e nunca mais soltar. Obrigado por tudo! Com certeza, cada um de vocês é uma história na minha vida!

quarta-feira, abril 27, 2005

Começa hoje...

Aeeee... a correria começa hoje... estou aqui tentando aguentar a ansiedade por causa do show! Tenho que pegar o Le, encontrar o pessoal na porta, tirar dinheiro para pagar o estacionamento e comprar as cervejas dos camelots, e a correria não pára! Mudança, já levei tudo! Falta arrumar a zona, colocar tudo no lugar e ainda comprar umas coisinhas. Amanhã, festa no apê, preciso avisar a síndica! Tentei mandar as listas de convidados para a Trash mas já está tudo esgotado... quem for, leve um 1kg de alimento que terá entrada preferencial também, pois na última semana do mês a balada é beneficente. Enfim, anyway, to perdendo o fio da meada, muita coisa na cabeça... é isso ae!

terça-feira, abril 26, 2005

We might as well be strangers in another town...

Vários acontecimentos nos últimos dias... sábado de pesquisa de preços no shopping, cama, cortina, apetrechos, tarde inteira na Tok&Stok, eu e Stelinha (Stela, você tem se mostrado uma amiga extraordinária, obrigado por tudo!). Fim de sábado com um churras na casa da Mari e do Léo, brinquei um pouco com o Caike, o afilhado mais lindo do mundo, e depois mais mudança - Igor e Lara me ajudando a levar o sofá que a Mari me deu. Aliás, todos meus amigos - vocês estão de parábens, adoro vocês! Domingo, mudança, levei meus pais para conhecer o apartamento e eles me deram uma mão com algumas coisas e, agora, apesar de todas as diferenças familiares, vejo como os adoro tanto e dá aquele aperto de sair de casa e ir morar sozinho, mas enfim, é a lei natural das coisas. Depois da mudança, lá vamos nós de novo, eu e Stela, minha personal home stylist na feirinha da Liberdade atrás de luminárias japonesas. Fui pra casa, assisti um puta filme, "O Retorno", é um filme russo maravilhoso, um dos melhores que vi esse ano - arte do cinema na íntegra, nada daquelas bobagens que estamos acostumados a ver. Se alguém assistir, depois a gente discute.

E assim o fim-de-semana acabaria calmo se não fosse a ligação do Dan me chamando pra ir na Loca pois era aniversário de um amigo dele. Como a Mel não estava em Sampa, pensei uma vez e meia, e lá estava eu a caminho, alone in the dark, para dentro de uma noite ótima e cheia de reviravoltas - começando pela música, passando pelos habituais amigos da Loca que encontramos todos os domingos, depois pela música novamente, pelas pessoas que encontrei lá - Dan, Renato, Tatee, pelas pessoas interessantes com as quais fiquei conversando, e por uma em especial, que acabei encontrando depois, na pista, quando começou a tocar Air.

Segunda, por a cabeça no lugar... correria na S², comprar mais coisas pra casa, depois ir na Fnac com o Lê, que não via há pelo menos um ano. Foi muito bom, um tempo muito sussa, de ficar vendo livros e cds na loja, ficamos falando de música, ele visitou o escritório, me ajudou com a mudança, conheceu o apê, depois mais papo no Frans até meia-noite. Lê, foi demais! Vamos correr com as coisas da banda, é sério! hehehe.

Manhã de terça na 25 comprando bugingangas, mais coisas pra arrumar, tenho que fazer minhas malas e começar a preparar tudo para as festas - listas de convidados para as baladas, comprar bebidas, arrumar a casa que está uma zona... Tarde de muita conversa no msn, fotinhos na Trash e esse frio animal que está fazendo...

Estou ouvindo Keane, como sempre, e tem uma música que define bastante a noite de domingo...

WE MIGHT AS WELL BE STRANGERS
Keane

I don't know your face no more
Or feel your touch that I adore
I don't know your face no more
It's just a place I'm looking for
We might as well be strangers in another town
We might as well be living in a different world
We might as well
We might as well
We might as well

I don't know your thoughts these days
We're strangers in an empty space
I don't understand your heart
It's easier to be apart

We might as well be strangers in another town
We might as well be living in a another time
We might as well
We might as well
We might as well be strangers
Be strangers
For all I know of you now
For all I know of you now
For all I know of you now
For all I know

sexta-feira, abril 22, 2005

Andrews' Week

A semana de comemoração do meu aniversário está chegando e segue a programação, na qual exigo a presença de vocês em pelo menos um dos eventos, ok?!

27/04 - QUARTA
SHOW DO PLACEBO - 21hs
Credicard Hall

28/04 - QUINTA
FESTA NO APÊ - 20hs
Comemoração oficial do meu aniversário e inauguração do apartamento para os amigos.
Trazer bebes. Haverá sistema de senhas para quem quiser usar o único sofá (e lugar para sentar) disponível na casa.
Traje obrigatório: chapéu!

29/04 - SEXTA
PRIVATE PARTY - 0hs
Festa à fantasia, tema cinema, claro.
Open Bar (cerva, água, refri, vodka, energético, saquerinhas, etc.)
R$ 25 mulher, R$ 35 homem
Al. Lorena, do lado do Atari (preciso checar o número)
Obs: nem sei o que vai rolar de som

30/04 - SÁBADO
NOITE DE CINEMA NA TRASH 80'S
Penúltima noite de comemorações na Trash, só porque é noite de cinema.
R$ 15 de entrada
Rua Álvaro de Carvalho, 40, Centro
Vou mandar lista de presença pra ninguém pegar a fila gigantesca na porta.
Confirmem até quarta.

01/05 - DOMINGO
FESTA DE ENCERRAMENTO NA LOCA
Sei que essa balada será para poucos, mas, como sempre, será boa.
R$ 15 de entrada, sempre negociáveis...
Rua Frei Caneca, quase esquina com a Peixoto Gomide.
Pra quem aguentar, depois da Loca, lá pelas sete da manhã, café-da-manhã na Bela Paulista...

É isso... preparados?

Wishlist

Como meu aniversário tá chegando e sempre existem aquelas almas boas que querem dar algum presentinho, vou deixar aqui uma "wishlist" do que seria ideal ganhar atualmente (fora, claro utensílios domésticos, eletrodomésticos, móveis, etc.)...
1. All Star preto de cano alto número 42
2. Livrinhos velhos de violão pois estou desatualizado
3. Livros, de sebo, de Allan Ginsberg, William Blake, Virginia Wolf, William Burroughs
4. Filmes trash ou de terror em DVD
5. Posters de filmes para eu colocar em casa (não me venham com Stallone Cobra, por favor)
6. Mountain Dew - se alguém achar, por favor, comprem pra mim!
7. Livros do Robert Crumb, cartoons e mangás, lendas orientais, tudo à venda no site da Conrad Editora.

Novidade quentinha...

Pois é, demorei pra contar mas agora é oficial - estou morando sozinho num apê aqui perto do escritório, em perdizes. Logo logo vocês receberão o email com a notícia, mas é isso. Quinta-feira, feriadão, fui faxinar a nova casa, limpar tudo para poder começar a levar a mudança, que não é tanta, já que não tenho nada e a nova decoração promete ser bem minimalista. No fim do dia, depois de estar totalmente suado, com as mãos enrrugadas de ficar lavando pano o dia inteiro, e cheirando a alvejante, fomos pra casa da Mari e do Léo e acabamos terminando de montar o quebra-cabeça de 3000 peças que eles começaram em dezembro e cuja finalidade é virar uma mesa. Eta troço difícil, era simplesmente um mapa-mundi antigo, como Bali, por exemplo, sendo um lugar da Africa... mas enfim, depois de um pique total, conseguimos terminar! Aha, uhu! Isso ae... Depois toca pra Loca, sete horas de balada e agora cá estou eu, no escritório "taking care of business" pra depois correr pras Casas Bahia... ops, digo, pra Gabriel Monteiro da Silva ver móveis pra mudança... se der, ainda dar um pulo na 25... essa vida de dono de casa não vai ser fácil...

Resumo da semana

Queria correria louca essa semana... não consegui postar nenhum dia, mas cá estou eu de volta. Na verdade, não lembro muito bem, na ordem, o que aconteceu essa semana. Ou porque foi tudo corrido, ou porque estava alcoolizado, hehehe. Depois do megashow da Rita Cadillac na sexta, só podia passar o sábado e o domingo sussamente, em casa, lendo os livros da minha tese (pelo menos tentando, entre um cochilo e outro), e assistindo filmes. Nossa, finalmente assisti "Plan 9 from Outer Space", o clássico do Ed Wood, e esse conseguiu ser o filme mais tosco que eu já vi na minha vida - mas que não deixa de ter sua importância na história do cinema, diga-se lá! Fiquei fã do cara, só não quero ser como ele quando crescer. Segunda, trampo e depois prestigiar o pessoal da Do It! na inauguração da exposição que eles fizeram, chama-se LixoÚtil e é basicamente sobre o uso sustentável do lixo (está no Senac de Santo Amaro, pra quem quiser conferir). Parabéns aê, Tuca, Lara, Igor, Guga e o resto do pessoal da Do It! Show de bola! Aliás, vi a matéria que saiu na Meio&Mensagem do dia 18... Cool! Terça, trampo. Quarta, trampo e fim de noite no boteco do Portuga com os mesmos guerreiros de sempre - Mel, Ivone, Stela e Duarrdo. E não é que quando dá 11 horas o portuga baixa as portas do bar? Bora pro Mackfil, relembrar os tempos boêmios do Mackenzie... Maria Antonia lotada mas parecia que estava rolando uma conspiração contra nossa empreitada etilíca - Mackfil, Azaléia e demais botecos fechando também... corre pro Amarelinho, vamo sentá lá dentro pois pelo menos, se fechar, a gente tá aqui. Mais cervezitas, catuabas, amendoim torrado, hehehe, e escravos de Jó, momento este em que a Ivone mais consumiu na noite inteira... é impressionante como o pessoal faz questão de errar aquela musiquinha mais do que manjada... tira, põe, deixa ficar! Guerreiros com guerreiros fazem zig-zig-zá!!! hahaha, bom, muito bom.

sábado, abril 16, 2005

Rita Cadillac, eu te amo!



Que noite! Ainda estou saindo das trevas... logo depois de sair do escritório, já paramos no bar do lado para tomar um chopp enquanto esperava a Mel... um chopp virou 12... depois toca pegar o Duarrdo na faculdade e bora pra Trash encontrar Stela e Ivoninha... hehehe, ae Fabi, depois posto as fotos, hehehe... já começamos a entornar o caneco na fila... na verdade, no boteco sujo do lado - catuaba, cerveja, caipirinhas. Aí tivemos que virar a caipirinha pois a fila andou. Ontem tinha show da Rita Cadillac - ae Duarrdo, tu não quis ir lá na frente, perdeu... não subi no palco mas que eu passei a mão eu passei... hehehe... nossa, lá dentro mais 4 caipirinhas com pinga 21, imaginem minha dor de cabeça. Hoje acordei não lembrando como cheguei em casa e preocupado porque na mínima levei outra multa... o mais hilário foi o cone da CET que estava sentado no banco do passageiro do meu carro... vai saber como ele conseguiu entrar lá. Cada coisa...

sexta-feira, abril 15, 2005

Pérolas criativas


Foto: Eu em Santos durante o Triathlon 2005, pasmo com este anúncio.

Eita Simon, já tinha até esquecido dessa foto... hhehehe. Dia sussa em Santos, mês passado, acompanhando o Triathlon e bebendo Gatorade de graça. Impressionante como o pessoal aguenta nadar não sei quantos kilometros, depois andar de bike mais não sei quantos kilometros e depois correr mais alguns kilometros... cansa até de falar. Ponto alto do dia: este cartaz absurdo de um motel com um coelho com um sorriso tão colgate que está mais para uma dentadura... Hoje ainda não sei como será o dia, no mínimo corrido... de noite a galera vai ver o show da Rita Cadillac na Trash... será que eu vou? Apesar que ia ser hilário... se eu for vou ter que subir no palco... hehehehe...

quinta-feira, abril 14, 2005

Ow Damn it! Everything could crash and burn now!

Estou ouvindo Janis agora... exatamente a minha música mais do que preferida, Piece of my heart. Como é legal ver que não existe uma letra definitiva pra essa música, cada vez que ela canta a letra é diferente, as palavras são diferentes, mas a intenção é a mesma - aquela sensação auto-destrutiva de "who cares?", "i'm in love, i'm fucked up, let's drown, let's get drunk, let the world crash and burn, i don't care!". Come on, take another piece of my heart baby... pode pegar...

Bom, pela própria Janis:

Just let ourselves get together right now.
Ball and chain!!!
Yeah, I heard that, man. how are you, how, I mean, er, how are you out there ? are you are you ok ? you know that you stand stoned and you got enough water and you got a place to sleep and every
. what does that mean ? huh ? because, you know, because we ought, all of us, you know, I don’t mean to be preachy but we ought to remember that in that case it means promoters, too, that music’
Grooving, man, and music’s not for putting yourself through bad changes. you know, I mean you don’t have to go take anybody’s shit, man, just to like music, you know what I mean ? you don’t. so
So if you’re getting more shit than you deserve, you know what to do about it, man. you know, it’s just music. music’s... music’s supposed to be different than that.

PIECE OF MY HEART
Janis Joplin

Hey, come on, come on, come on, come on!

Didn’t I make you feel, oh honey, like you were the only man I ever wanted, that I ever needed ?
Oh ho, honey, didn’t I give you nearly everything that I ever had to give ?
Oh, you know I did!
But each time I tell myself that i, I think I’ve had enough,
Well, I’m gonna show you, baby, that a woman can be tough.

I want you to come on, come on, come on, come on and take it,
Take another little piece of my heart now, baby!
Break another little bit of my heart now, darling, yeah, yeah, yeah.
Have a, have another little piece of my heart now, daddy daddy daddy,
You know you got it if it makes you feel good,
Yes indeed, whoaa.

You’re out on the streets, you’re looking good,
Honey, deep down inside I know you know it ain’t never been right,
Never, never, never, never, never, never, never, never hear me cry at night, oh!
Each time I tell myself that I can’t stand the pain,
But when you hold me in your arms, I’ll sing it once again.

Say come on, come on, yeah, come on, come on and take it!
Take another little piece of my heart now, baby.
Break another little piece of my heart, darling, yeah, yeah, yeah, yeah.
Have another little piece of my heart, baby, baby, baby,
You know you got it, if it makes you feel good.
I want you to feel good now, yeah!!!

Say come on, come on, come on, come on and take it,
Take another little piece of my heart now, baby!
Break another little piece of my heart, darling, yeah yeah yeah yeah.
Have a, have another little piece of my heart, baby, baby, baby.
You know you got it, alright!!!

Say! whoaa, have another little piece of my heart now, daddy,
Break it, break it, break it, I want you to want it, take out the inside of me,
Have another little piece of my heart now, baby, baby, baby.
You know you got it, if it makes you ¡º
I want you to feel good, lord, alright!!!
Yeah!!

Um traço da realidade



Ontem fomos assistir Quase Dois Irmãos - eu, Mel, Duarrdo, Laine e uma amiga dela, a Sandra. A galera tava é na pilha de assistir Miss Simpatia 2 ou qualquer coisa do gênero, mas como eu sou sempre o chato da turma, acabamos indo ver Quase Dois Irmãos, um filme nacional muito bom por sinal mas que é um balde de água fria sobre a realidade brasileira. A história se passa no Rio e conta a trajetória de dois amigos de infância - um negro e outro branco, um mora no morro e o outro, na beira da praia, um se torna assaltante de banco e o outro militante político durante a ditadura. O filme conta, de forma sútil, o processo de formação da sociedade como a conhecemos hoje, e embutido nela, toda a violência que ocorre nos morros do rio, nas favelas de sampa, etc e tal. Diferente de Cidade de Deus, não há muita plasticidade nesse filme, mas um texto afiado e contemporâneo, que discute o fim das utopias e o crescimento de um câncer fora de controle. Vale a pena assistir...

quarta-feira, abril 13, 2005

Ae, deixem seus comentários

Descobri que só usuários do Blogger podiam postar, mas descobri também, fuçando no blog de uma amiga, que podemos mudar as opções para todos poderem postar... então, já mudei! Podem deixar seus comentários, ok?! Valeu!

Penso, logo existo?

Acabei de chegar no escritório, algumas reuniões de manhã, também estamos desmontando a exposição hoje e mais um monte de outras coisas pra fazer. Que correria! Agora estou falando com a Mel e escrevendo este post ao mesmo tempo. Ontem assisti "O Grito", que medo!!! Fiquei até às duas da manhã com minha mãe vendo o filme... foi engraçado. Hoje vim no carro pensando uma coisa, por favor, se alguém tiver a resposta me mande. Fiquei pensando que a gente só tem consciência de que está vivo, de que estamos realmente acontecendo por causa da relação tempo x espaço. Se fôssemos só espírito, teríamos consciência de que estamos acontecendo? De que existimos, mesmo imaterialmente? Será que vale a afirmação de Descartes? Que louco isso...

terça-feira, abril 12, 2005

Movimentos tectônicos



Acho que finalmente as coisas estão começando a se encaixar e as pequenas mudanças acontecendo. Comecei minha tese, estou terminando de ler o primeiro livro, já tenho várias idéias para começar a escrever logo - a meta é defendê-la em junho. Acho que vai dar. Estou empolgado com as coisas. Outras mudanças irão acontecer em breve, e agora não parece tão grande coisa. É a lei natural, as coisas mudam, sempre. Comecei a escrever meu livro também - calma, a prioridade é a tese, mas algumas idéias surgiram ontem à noite e comecei a por no papel - na verdade, é só um parágrafo, mas já comecei. Está acontecendo uma movimentação tectônica na minha cabeça e os pensamentos parecem estar achando seus devidos lugares. Vou postar o primeiro parágrafo do livro aqui:

(...)
As mãos balançam ao vento, elas voam com grande aerodinâmica. O vento é frio, frio, e parte dele invade o carro pela janela. Diminuo a velocidade, não preciso correr. As faixas passam, invado o outro lado da pista, brinco, buzino para os caminhoneiros, no rádio uma música muito boa. Penso nela. Penso muito nela. (...)

Pois é, é só isso mesmo. Como eu disse, está acontecendo uma movimentação tectônica e elas geralmente demoram milhares de anos... hehehe... A paciência é uma virtude. Agora, mesclem esse parágrafo com uma música que eu não páro de ouvir (de ontem para hoje, já ouvi pelo menos umas 15 vezes, sem brincadeira). A combinação é perfeita. Basta imaginar um pouco.

Blind Melon - No Rain

All I can say is that my life is pretty plain
I like watchin' the puddles gather rain
And all I can do is just pour some tea for two
and speak my point of view
But it's not sane, It's not sane

I just want some one to say to me
I'll always be there when you wake
Ya know I'd like to keep my cheeks dry today
So stay with me and I'll have it made

And I don't understand why I sleep all day
And I start to complain that there's no rain
And all I can do is read a book to stay awake
And it rips my life away, but it's a great escape

escape......escape......escape......

All I can say is that my life is pretty plain
ya don't like my point of view
ya think I'm insane
Its not sane......it's not sane

Foto: Deserto do Mojave US101

segunda-feira, abril 11, 2005

Impermanência das coisas



Fim-de-semana calmo... simplesmente tranquilo...
Passei o sábado estudando, começando a ler os livros para minha dissertação da pós. Um livro bem chato por sinal, sobre Cinema Digital, dormi três vezes... à noite fomos assistir O Clã das Adagas Voadoras, eu, Mel e Duarrdo... o filme é animal, recomendo. No domingo, li mais um pouco e depois fomos no Templo Budista, eu e o Chris... começamos nossas aulas de meditação. Um pouco de alongamento, aprendemos as posições, depois uma sessão de meditação, respira, respira... Preste atenção na sua respiração - o jeito como você respira, se é rápido, devagar, se o ar está quente, frio, pesado ou leve... Depois da sessão, um bate-papo sobre a impermanência das coisas - tudo muda, hoje nada é como era ontem, não adianta se apegar às coisas e esperar que elas não mudem, tudo nasce, cresce, morre - é a lei natural das coisas. Portanto, aproveite os momentos e saiba aceitar as mudanças como algo natural, dessa forma, você será mais feliz. Depois da aula, demos um rolê pelo templo e fomos embora... à noite, dei uma passada no Mercado Central 80's com a Stela - esse mercado é uma espécie de Mambo+Mercado Mundo Mix organizado pela galera da Trash. Tava legal, umas roupitchas legais, ganhamos Dip'n Lik e umas revistas... depois de lá, toca para o aniversário do Luquinhas, meu primo de 3 anos... foi bom reencontrar a família, que fazia tempo que eu não via... colocar o assunto em dia, desafiar os primos no fliperama do buffet infantil, comer os mini cachorro-quente (animal!)... para depois acabar a noite assistindo um filminho no aconchego de casa... Olha só que fim-de-semana sussa! Agora deixa eu correr pois tenho um layout para entregar daqui a pouco...

sexta-feira, abril 08, 2005

Sad Friday

Ontem cheguei em casa por volta da 1h30 da madrugada, direto do trabalho. Minha mãe acordou para me avisar que a Tê tinha morrido. Tê era uma amiga da minha mãe e teve um enfarto na terça-feira e ontem à noite teve algumas complicações e faleceu na ambulância. Uma cena muito triste. Mesmo eu não sendo tão próximo dela, essas situações nos fazem rebobinar a memória, pensar nas nossas atitudes e projetá-las para o futuro. Geralmente a sensação não dura muito - tão logo apareçam as correrias diárias e seu espírito engesse novamente. Mas por uns momentos você pensa em como você poderia ter tratado melhor as pessoas, poderia ter deixado de ser intransigente e se abrir mais, parar, conversar, ver como a pessoa está se sentindo. Você pensa que reclamava quando essa pessoa tocava a campainha e você tinha que parar de assistir seu filme para atender, de mau-humor. Aí você pensa que nada é para sempre, e se por um momento, você tiver essa sensação, vai querer aproveitar melhor quem está do seu lado, vai ligar menos para a pegação no pé, para as chatices e cobranças. Vai relevar muita coisa e focar no essencial. Vai se abrir, vai querer conhecer melhor as pessoas e se doar mais. Quando você descobre que a vida é tão frágil assim, vai aproveitar melhor os momentos, porque só o que vai ficar são as boas lembranças, como minha mãe mesmo disse. E que bom será se só o que você puder deixar forem boas lembranças - pelo menos, essas são eternas, vão durar enquanto você viver. Esforce-se para deixar boas lembranças.

quinta-feira, abril 07, 2005

Momento psicodélico



Lucy in the sky with diamonds

Picture yourself in a boat on a river,
With tangerine trees and marmalade skies
Somebody calls you, you answer quite slowly,
A girl with kaleidoscope eyes.
Cellophane flowers of yellow and green,
Towering over your head.
Look for the girl with the sun in her eyes,
And she’s gone.
Lucy in the sky with diamonds.
Follow her down to a bridge by a fountain
Where rocking horse people eat marshmellow pies,
Everyone smiles as you drift past the flowers,
That grow so incredibly high.
Newspaper taxis appear on the shore,
Waiting to take you away.
Climb in the back with your head in the clouds,
And you’re gone.
Lucy in the sky with diamonds,
Picture yourself on a train in a station,
With plasticine porters with looking glass ties,
Suddenly someone is there at the turnstyle,
The girl with the kaleidoscope eyes.

quarta-feira, abril 06, 2005

Amanhã será outro dia



Cheguei agora no escritório... nossa, que correria!
Hoje é aniversário da minha mãe e logo cedo ela inventou de ir no supermercado comprar frango para fazer um stroggonof para o pessoal que vai lá em casa hoje à noite... adivinha quem teve que ir junto... uma baita fila para passar no caixa, e 1 frango viraram 6... 10h, pegando o carro no estacionamento, me liga o corretor para ver um apartamento... marco às 11h30 e vou embora, me preparar para o trânsito da radial leste. Tudo parado. Uma hora só pra chegar na boca do elevado... motoboys buzinando, gente xingando, caminhão soltando fumaça de diesel do meu lado, engavetamento de 5 carros, o mormaço subindo no horizonte, parecia que o asfalto estava derretendo. Ponho a mão pra fora da janela mas nada de vento, só um ar abafado pelos 32 graus que estava fazendo. No rádio, Kozmic Blues e a voz da Janis sendo abafada também pelo calor. Logo em seguida, Queen e o Fred Mercury rasgando um "Find me somebody to love...". Quando estava prestes a sair do carro, abrir o porta-malas, pegar a metralhadora e sair atirando para todos os lados, olho embaixo do viaduto do Glicério e vejo uma cena bastante triste - uma homeless lavando os pratos e os talheres de um modo muito peculiar: de uma bacia com bastante espuma ela puxava uma bucha, ensaboava os pratos e depois mergulhava em uma outra bacia, cheia de uma água já bastante turva. Depois, ia empilhando tudo em cima de uma mesa improvisada com uma chapa de alumínio amassada. Ia fazendo isso tranquilamente enquanto em cima dela o mundo se acabava em um trânsito infernal, xingamentos, buzinas, gestos raivosos de pessoas com óculos escuros e caras de mal-humor. Ia fazendo isso enquanto ao lado dela os guardinhas do CET retiravam os cones da faixa reversível, outros mendigos puxavam suas carrocinhas, e crianças de rua corriam e xingavam. Bom, depois de tudo isso, só o que pude fazer foi guardar a metranca de volta no porta-malas, pensar "Amanhã será outro dia, vumbora!" e continuar cantarolando junto com o Fred... Find me somebody to love, somebody find me somebody to love, find me...

terça-feira, abril 05, 2005

Seriado Americano



Hoje acordei com aquela sensação Dawson's Creek, a little bit akward, a little bit depressed, meio esperançoso sem saber com o que. Ontem trabalhamos até tarde, cheguei em casa lá pela meia-noite e meia e fiquei assistindo meu DVD do Fleetwood Mac pela centésima vez e foi só eles tocarem Songbird que começou a bater aquela melancolia danada. Adoro esse grupo, em ver a loucura contagiante que eles passam no palco, os olhos sinistros no Steve Nicks, enfim.
Hoje acordei e ia sair cedo mas lembrei que era meu rodízio - coisa que eu sempre esqueço. Esses dias tive que voltar do meio do caminho. Fui em uma reunião para outro evento express, normal. Essa semana estamos fechando alguns projetos de embalagens e outras milhares de coisas, como montagem de um evento, desmontagem da exposição, enfim, trampo, trampo, trampo. Entre uma coisa e outra, passei na Fnac pra comprar o ingresso do Placebo - tá na mão!
Hoje também percebi que não faço nada sem música, putz, é no carro, em casa, no escritório, pra dormir - acho que tudo precisa de trilha sonora mesmo! Foi interessante ficar olhando as pessoas na Paulista e como minha percepção delas mudou conforme a faixa do CD mudou no rádio.
Bom, é isso.

Songbird - Fleetwood Mac

For you, there’ll be no more crying,
For you, the sun will be shining,
And I feel that when I’m with you,
It’s alright, I know it’s right

To you, I’ll give the worldTo you,
I’ll never be cold’cause I feel that when I’m with you,
It’s alright, I know it’s right.

And the songbirds are singing,
Like they know the score,
And I love you, I love you, I love you,
Like never before.

And I wish you all the love in the world,
But most of all, I wish it from myself.
And the songbirds keep singing,
Like they know the score,
And I love you, I love you, I love you,
Like never before, like never before.

segunda-feira, abril 04, 2005

Um fim de semana desse só daqui a outra morte de papa!

Esse fim de semana foi uma coisa absurda! Isso porque basicamente o fim de semana se resumiu a noite de sábado e ao domingo, já que sábadão passamos o dia trabalhando. Sábado à noite foi o casamento do Arturo, cerimônia sussa numa mansão dos Jardins, festinha aconchegante com os familiares e os amigos, tudo normal até... o relógio bater as 12 badaladas... o DJ mexendo nos vinis, começou a mixar um trance animal com Lou Reed, e tudo começou com Satelite of Love - uma garrafa de champagne, um copo de whisky, algumas cervejas, umas duas taças de vinho pra depois acabar com toda a vodka e energético disponíveis! Em alguns súbitos minutos, estavam todos na pista, a sirene tocando, o trance vibrando as paredes de vidro, todos pulando, anéis com leds luminosos, êxtase total! Ainda aproveitamos para pegar as câmeras e cada um gravar um pouco da festa, a seu próprio modo, do jeito que quisesse! Dia raiando, seis da manhã, o noivo e a noiva sumiram, últimos da festa, hora de ir embora - esqueci de pegar a lembrancinha. Hoje o Arturo tá indo pra Barcelona, vai dar saudade desse moleque e das suas coisas arturescas.
Depois da festa, hora de começar o retiro espiritual. Acordei domingo muito tarde, almocei com a família - que eu já não via há uma semana, mesmo morando na mesma casa. Depois fui ver o Caike, a coisa mais linda do mundo, na casa da Mari e do Léo, fiquei lá um pouco e depois fui no Templo Budista refazer o espírito. Muito bom, muito bom mesmo! Paz total, estou até pensando em começar meu curso de meditação lá todo domingo. Acendi um incenso básico, mandei boas vibrações para as pessoas que eu gosto, parei de criticar o papa - respeito é uma coisa fundamental. Fiquei meditando um pouco perto do lago e depois dei uma esticada na casa do Rodrigo, fazer uma visitinha rápida e terminar o domingo família que eu estava tendo.
Ah, claro, domingo sem filme não dá. Fomos assistir Questão de Imagem, eu, Gabi, Ro, no Higienópolis. Muito bom o filme, tranquilo, ameno, com umas piadas ácidas e sarcásticas pra lá de boas, o mais típico dos filmes franceses! E foi isso, agora bora trabalhar que é segunda-feira!

sábado, abril 02, 2005

A primeira vez a gente nunca esquece!

Bom, basicamente fui obrigado a criar esse blog. Queria muito deixar um comment para uma amiga que está em Londres e depois de ter escrito todo o texto, vi que a porcaria do negócio não aceitava comentários anônimos... Not a Blogger user yet? fazer o que, lá vamos nós, cadastra, cria um nome de usuário, uma senha, ah porra, tenho que pensar em um nome para o negócio. Lá vai... Hoje é sábadão, e depois de uma semana conturbada e de poucas horas de sono, estou em frente ao computador relutando para fechar as embalagens que tenho que enviar para o cliente aprovar na segunda-feira. Fazer o que, lá vamos nós again. Quero ver se termino logo para ir na FNAC comprar o ingresso para o show do Placebo, eiiiiiita que vou me acabar nesse show, ainda mais às vésperas do meu aniversário... hã... demorou... Mais tarde tem o casamento do Arturo, tenho que ir cedo pra casa, cortar as unhas, passar a roupitcha social e por gel nos cabelos pra depois me acabar na festa e ficar pingando de suor... hehehe, vexame pouco viu.

Música: Bend and Break - Keane
Não me canso de ouvir essa música. Letra absurdamente linda.