segunda-feira, maio 12, 2008

O banquete do amor (Feast of Love)

– Como posso mudar? Não posso passar por isso outra vez. Harry, juro por Deus, perderei a cabeça.

– Merda. Bradley, ouça. Você deve ficar alerta, atento.

– O que quer dizer?

– Bem, tudo o que devemos saber está sempre diante dos nossos olhos. Sim, nós temos ilusões, esperanças e as pessoas podem nos cegar. Mas o fim já está desde sempre no princípio.

– Kathryn disse que eu nunca a vi. Talvez nunca tenha visto a Diana, também. Eu só estou à procura de um pedaço de felicidade, então fecho os olhos e pulo.

– OK, então da próxima vez…

– Não pulo?

– Não, não. Pule! Pule, mas de olhos abertos.

sexta-feira, maio 09, 2008

Intersom



Ontem, assim, sem mais nem menos, fomos parar no SESC Pompéia para um mini festival de música brasileira chamado Intersom. Fiquei sabendo à tarde ao abrir o jornal, mas os ingressos já estavam esgotados. Mesmo assim fomos para o SESC tentar descolar entradas - e conseguimos. Na verdade, eu só queria ir para assistir Hurtmold mais uma vez, mas pelo palco da choperia passaram Akin, Hurtmold, Mamelo Sound System, Maquinado e Céu. E tivemos gratas surpresas. Primeiro porque Mamelo Sound System é excepcional, ainda mais para mim, que não tenho lá grandes paixões pelo hip hop. Segundo porque finalmente consegui assistir a Céu ao vivo e conferir o vozeirão da moça. E Hurtmold, ah, Hurtmold é fenomenal. Maquinado também trouxe novas referências sonoras para os ouvidos, também gostei. Pena que peguei somente o final do show do Akin. A terça-feira foi um caldeirão de sonoridades brasileiras, várias tribos congregadas em torno do palco para cultuar a nossa música (oh). E em uma noite fria de terça, não é que valeu a pena sair de casa? Programa bacana.

quarta-feira, maio 07, 2008

Playing by heart's quote #2

Paul: The wonderful thing about falling in love, is that you learn everything about that person, and so quickly. And if its true love, you begin to see yourself through their eyes, they bring out the best in you. Its almost as if you are falling in love with yourself.

I just can't wait to hear the next words out of your mouth...just looking at you makes me happy.

Playing by heart's quote #1

I have this friend, a jazz musician, trumpet player. I go and hear him jam every month or so. He plays this piece I love, an old Chet Baker tune. Every time he plays the same notes, and everytime it sounds different. One night we were having drinks, when I used to drink, and I tried telling him how that song made me feel, how his playing made me feel, how the notes made me feel. My friend shook his head and said, Joan, you can't talk about music. Talking about music is like dancing about archictecture. So I said, alright, well if you're gonna get all philosophical on me, its just as pointless as talking about a lot of things. Love for instance. My friend laughed and said, You can't talk about love. Talking about love is like dancing about archictecture. So I don't know, he might be right. But it ain't gonna stop me from trying.

terça-feira, maio 06, 2008

Pourquoi viens tu si tard?

Pourquoi viens tu si tard ?
Je ne t’attendais plus
J’avais cessé d’y croire,
Tiré un trait dessus.

Pourquoi viens tu si tard ?
Qu’est-ce qui t’amènes ici ?
Quelle cruauté bizarre
Cette soudaine envie

Pourquoi viens tu si tard ?
Ta mère t’as rien appris
On arrive pas si tard
Chez ceux qui vous convie

Primeiro de Maio




Sobre abstinência e chás da tarde

Alguns já sabem, mas comecei a fazer terapia. Um método alternativo pelo qual devo ficar longe de bebida por 21 dias. E nunca pensei que tal coisa seria tão difícil. Nota de que estou alcoolatra ou falta de vergonha na cara? Pois bem, a abstinência despertou algo que há tempos tinha abandonado: a vontade de cozinhar. Aproveitei o feriado para descansar em casa, sem pensar em fazer nada. Passei os dias organizando minhas coisas, fazendo bolos e recebendo a visita de amigos para tomar um café. Período gostoso e confortante. Papo jogado fora, saudades mortas, filmes e seriados na TV. Nem mais, nem menos, só a certeza de suas coisas, sua vida e o convívio com as pessoas que você ama.

Excertos de uma festa de aniversário (ou um domingo à tarde)

Minha vó já dizia...

(e a vó de todo mundo também) que depois da tempestade vem a bonança. E depois de um inferno astral intenso com direito até a terremoto em São Paulo, na última quinta-feira as coisas começaram a mudar. Aos poucos, calma e lentamente, as coisas começaram a se assentar e gratas surpresas começaram a acontecer. Tanto é que parece que o tal inferno astral está a léguas de distância no tempo. O final de semana do aniversário foi agitado - começou com balada na quinta, noitada na sexta, sábado de Virada Cultural e festa no domingo com encerramento na Loca, além de comemoração no escritório, no teatro e em família. E como eu disse, surpresas aconteceram. Surpresas muito boas. Nesse período conheci pessoas muito bacanas, aprendi bastante sobre psicoses e como fazer feijoada para 50 pessoas. Fase de mudanças. O ano parece estar finalmente começando. Se nos períodos ruins a gente conseguisse ao menos crer que tudo vai ficar bem, tudo seria bem mais fácil e sem dor de cabeça.