terça-feira, novembro 21, 2006

New Order, Kerouac, sol e algo mais


Peter Hook fazendo gracinha como de costume. Foto: Leonardo Wen/Folha Imagem

Há tempos que este blog deixou de ser um diário para se transformar num livro de anotações de pensamentos desconexos e parafernálias mil. Mas voltando um pouco à tradicional condição de uso de um blog comum, vamos aos últimos acontecimentos que este garoto pueril que vos escreve tomou parte.

FINALMENTE, O SHOW
Depois de perder o avião para Belo Horizonte e, consequentemente, perder o show do New Order em terras mineiras, só restava esperar pelo show de terça de forma penosa, isto é, trabalhando todo o final de semana para apresentação de um projeto logo na segunda. E foi aí que me dei conta, mais uma vez, de que ser publicitário é, entre outras coisas, fazer as pessoas terem uma outra visão das coisas - geralmente o lado bom, que te satisfaz e traz algum resultado prazeroso para quem se dispõe. Nem que para isso você tenha que, às vezes, garimpar muito e até transformar javali em Babe, o porquinho atrapalhado. Mas no final, tudo tem seu lado bom, só basta um pouco de disposição e vontade de experimentar. E mais no final ainda, descobri que alumínio é um troço mega interessante. Mas então chegou a terça-feira, tão aguardada terça. Aquecimento antes no bar do Flyer, aquecimento em casa e de tanto aquecimento acabamos saindo atrasados. Depois de uma verdadeira epopéia para o Mitch estacionar o carro e de uma corrida até o Via Funchal, conseguimos pisar na pista no início de Crystal. Depois de nos embrenharmos pelo meio da multidão, conseguimos ficar a alguns metros do palco e, eu pelo menos, entrar no meu processo catártico que culminaria com os primeiros acordes de Blue Monday.

DEPOIS, UMA FESTA NO APÊ
Depois de Love will tear us apart, com coração ainda saindo pela boca e os olhos em transe, não tinha como apenas ir embora e dormir. Também não tinha como apenas ir embora e dormir pois era aniversário da Renatinha. - vamos lá Mitch, vai ser apenas uma reuniãozinha no apartamento dela, galera tomando cerveja e comendo pizza. Ok, viu. Megaultra balada no apartamento, com mais de 100 pessoas e DJ mandando na sala, ops, pista. Festa com todos os ambientes mega disputados, da lavanderia ao corredor de entrada. Sair de lá às 5h da manhã e depois ver o dia amanhecer acompanhando a saga da filth Divine em Pink Flamingos até às 7h, para finalmente ir dormir e passar metade do feriado da proclamação da República protestando... na cama, contra o cansaço.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Não há nada como ficar louco e sair pela Augusta à 1h da manhã com o intuito de fazer amigos e influenciar pessoas. Digamos que a missão não foi bem sucedida pois na Augusta, à 1h da manhã, você pode encontrar de tudo, menos pessoas influenciáveis e com a disposição de serem suas amigas. Mas sempre tem Pink Floyd para esses momentos... e ouvir os caras com o iPod no talo até às 4h da manhã, repetindo "On the turning away" again and again é uma piração. Engraçado como você consegue enxergar sua vida claramente como um filme when you're high.

QUINTA, SEXTA
Quinta seguiu seu rumo normal - trabalho, ressaca, internet. Nada demais, nem de menos. Acabo o dia indo sozinho no MixBrasil pegar a sessão de um filme croata/sérvio mais ou menos chamado "Go West". Espaço Unibanco vazio, conversas rápidas com estranhos. Aí chega a sexta, trabalhar até quase sábado para depois se jogar de leve na festa da Toty, tomar vários copos (eu disse vários copos) de suquinho animal de Tequila com limão e ensinar para as pessoas da festa a dança da Garça. Chegar em casa às 4h da manhã com a missão de acordar cedo e ir pra Bragança.

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA
Sítio - piscina, rede, comer que nem um porco, mais rede, soneca, piscina, sol, bolo de fubá, livro, rede, filme, tudo muito bom. Consegui finalmente acabar de ler "Vagabundos iluminados" do Kerouac, que achei bem razoável e em certos pontos até decepcionante mas acabei começando outro livro dele, "Tristessa", que espero demorar bem menos para terminar. No meio deste faz-nada que foi o fim-de-semana, rolaram discussões religiosas, pessoas indignadas porque você diz: - tudo bem se eu for pro inferno, não me importo - quando elas tentam te levar pro céu a todo custo (não dá pra trocar o certo pelo duvidoso não é? então é melhor viver a vida pois você nem sabe o que vai vir depois) e um pouco de Woody Allen, que é sempre bom - um humor totalmente diferente e uma maneira de ver a vida que te faz dar de ombros para toda essa loucura que está aí fora. Voltar na segunda, ir para o teatro ensaiar e se preparar para começar a semana novamente, esperando pelo Nokia Trends.

Um comentário:

Michel Simões disse...

Post tamanho família... e do mais frenético, até o mais bucólico hehehe!!!

Eu só estou imaginando como vai ser, qdo vc me chamar p/ uma festa de arromba, se aquela era uma reuniãozinho de poucos amigos p/ comemorar o niver da Renatinha hehe