quarta-feira, setembro 27, 2006

Meu irmão quer se matar (2002)



Fui assistir a "Meu irmão quer se matar", da dinamarquesa Lone Scherfig, membra da gangue do Dogma95 e amiguinha de Lars von Trier e Thomas Vinterberg. Confesso que fui assistir ao filme meio ressabiado, pois com um título desses, o que esperar do filme? Mas deixei os preconceitos de lado e fui. E não é que o filme é bom mesmo? Gostei, gostei bastante. Um filme diferente, de uma sutileza cativante, provocador ingênuo de risadas e dotado de performances muito boas. Trata-se da estória de Harbour, um cara de grande coração que passa sua vida inteira tentando cuidar do seu irmão mais novo (e suicída), Wilbur. A relação entre os dois é de grande afeto, intensificada com a perda do pai, que os deixa uma loja decadente de livros usados em alguma cidade fria e cinzenta da Escócia. Um dia entra na loja uma mulher chamada Alice, acompanhada de sua filha Mary. Ela é faxineira de um hospital e vende os livros que os pacientes deixam no hospital quando morrem. As idas e vindas de Alice até a loja de livros faz com que Harbour se interesse (e se apaixone) pela mulher, resultando no casamento dos dois e o convívio dos quatro personagens sob o mesmo teto - que logo resultará em uma teia de sentimentos que afetará suas vidas e o modo como enxergam a morte. Apesar de tratar de um tema mórbido, o filme possui uma leveza tão grande que você deixa a sala com aquele sentimento de esperança. Roubando uma expressão que ouvi há poucos dias, é um "feeling-good movie". Vale a pena ver! E também conferir a atuação de Shirley Henderson (Alice), que é impressionante (ainda mais quando se sabe que ela fazia o papel da "Murta Chorosa" em Harry Potter). Apesar de ser um filme dinamarquês, ele foi rodado na Escócia, é falado em inglês e não tem nada a ver com o Dogma, como o outro filme de Scherfig, "Italiano para Principiantes", (que também é bem bacana) e que seguia os preceitos dogmáticos de von Trier e companhia.

Um comentário:

Leandro disse...

Parece ser muito bom mesmo hein!? O título lembra minha adolescência, huahuahuahua, just kiddin' ;-)
Bjaum e fique com Deus.
Até breve.