quarta-feira, setembro 27, 2006

O diabo veste Prada



Vamos aos fatos: o diretor do filme é David Frankel, que não tem nada no seu currículo a não ser ter dirigido alguns episódios de Sex and the City e Entourage para a TV americana, feito alguns curta-metragens e ter ganhado um Oscar por outro curta chamado "Dear Diary" em 1996. Anne Hathaway é a menininha Disney-look que fez "O diário da princesa", parte 1 e 2. E Meryl Streep, well, que diabo chique... Bom, o romance quase autobiográfico de Lauren Weisberger se transforma em uma deliciosa comédia sessão da tarde nas mãos de Frankel, com uma trama que você já viu milhões de vezes sobre a pobre menina que ultrapassa todos os obstáculos em busca do que deseja, sofre o diabo e aprende uma lição moral. Mas nem por isso você está isento de ir assistir, mas vá munido dessas informações: é entretenimento puro, para você desestressar e sair do cinema com um sorriso no canto da boca e cantando K.T. Tunstall (a musiquinha bonitinha do post abaixo). Mas vale a pena ver a atuação de Meryl Streep. Vale pela trilha sonora pop bacanuda. Vale para conferir que a ironia do filme em relação ao mundo da moda recai justamente sobre os não-fashionistas. O filme dá o mesmo peso para os dois lados da moeda, respeitando-os até o fim, e tira um pouco da aura idealista que algumas pessoas querem embutir na rotina. A protagonista, a menina desajeitada e nada fashion que consegue o emprego na mais poderosa revista de moda dos EUA, prova deste mundo considerado superficial e gosta (gosta muito) e mesmo assim não perde seus ideais - pelo contrário, as coisas parecem ter um pouquinho mais de cor e brilho, e no final, o que fica em jogo não é a roupa que você usa e sim sua ética e moral. That's all.

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