quinta-feira, outubro 05, 2006

Little Miss Sunshine (2006)



PRETEND TO BE NORMAL
Terça-feira fui à pré-estréia de Little Miss Sunshine, dos diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris. Filme independente que foi o queridinho do ano no Festival de Sundance. Claro, quando falo de cinema independente minha pré-disposição em assistir o filme aumenta e a vontade de ver quais tipos esquisitos irão desfilar na tela me deixa com uma certa ansiedade em ver logo a fita. E todo mundo tem essa certa noção de que o cinema independente americano é um zoológico de tipos estranhos. Ao mesmo tempo digo que o cinema independente nos presenteia com filmes maravilhosos, performances soberbas e nos oferece uma nova forma de olhar para as coisas - basta citar Monster, Meninos não choram, Transamérica, etc etc etc. E na esteira dos estigmas do cinema independente americano aparece essa gracinha de filme que é Little Miss Sunshine, uma comédia que não subestima o espectador, possui personagens densos e cativantes, todos com suas idiossincrasias, fazendo o riso ir brotando facilmente para no final te levar às gargalhadas. Trata-se da estória de Olive, uma garotinha desprovida de malícia, que descobre que irá participar das finais de um concurso de beleza infantil, podendo tornar-se a nova Miss Sunshine. Partindo dessa premissa, lá vai a família inteira cruzar o meio-oeste americano dentro de uma kombi para que a garotinha possa realizar seu sonho. A partir daí, você pode esperar todo o tipo de situações. Os "freaks" do filme se mostram humanos, cada um com seus sonhos, necessidades e inseguranças, mas o melhor é que cada um nunca deixa de sentir o poder de ser ele mesmo, no matter what. Os diretores não possuiam experiência no cinema - no currículo do casal apenas clipes e musicais, mas para bandas do nipe de R.E.M, Weezer, Smashing Pumpkins, Ramones, Jane's Addiction. Daí já dá pra tirar que os caras falam outra língua.

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