sexta-feira, abril 08, 2005

Sad Friday

Ontem cheguei em casa por volta da 1h30 da madrugada, direto do trabalho. Minha mãe acordou para me avisar que a Tê tinha morrido. Tê era uma amiga da minha mãe e teve um enfarto na terça-feira e ontem à noite teve algumas complicações e faleceu na ambulância. Uma cena muito triste. Mesmo eu não sendo tão próximo dela, essas situações nos fazem rebobinar a memória, pensar nas nossas atitudes e projetá-las para o futuro. Geralmente a sensação não dura muito - tão logo apareçam as correrias diárias e seu espírito engesse novamente. Mas por uns momentos você pensa em como você poderia ter tratado melhor as pessoas, poderia ter deixado de ser intransigente e se abrir mais, parar, conversar, ver como a pessoa está se sentindo. Você pensa que reclamava quando essa pessoa tocava a campainha e você tinha que parar de assistir seu filme para atender, de mau-humor. Aí você pensa que nada é para sempre, e se por um momento, você tiver essa sensação, vai querer aproveitar melhor quem está do seu lado, vai ligar menos para a pegação no pé, para as chatices e cobranças. Vai relevar muita coisa e focar no essencial. Vai se abrir, vai querer conhecer melhor as pessoas e se doar mais. Quando você descobre que a vida é tão frágil assim, vai aproveitar melhor os momentos, porque só o que vai ficar são as boas lembranças, como minha mãe mesmo disse. E que bom será se só o que você puder deixar forem boas lembranças - pelo menos, essas são eternas, vão durar enquanto você viver. Esforce-se para deixar boas lembranças.

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